Diálogo ocorre em meio a tensões comerciais e estratégicas
Os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se reúnem em 29 de outubro de 2025, à margem da cúpula da Apec, para discutir tensões comerciais e estratégicas.
Em 29 de outubro de 2025, na Coreia do Sul, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping se encontram, à margem da cúpula da Apec, em meio a um clima de tensões comerciais e disputas estratégicas. Esse é o primeiro encontro desde que Trump voltou à Casa Branca, e as expectativas são de que o diálogo possa ajudar a reposicionar as relações entre as duas potências.
Contexto do encontro
A relação entre EUA e China se deteriorou nos últimos anos, evoluindo de um simples conflito tarifário para uma disputa por hegemonia tecnológica e energética. Trump busca um acordo que alivie o peso da guerra comercial sobre os agricultores e industriais americanos, enquanto Xi, fortalecido internamente, pretende usar sua posição para ampliar a influência chinesa na Ásia e além. Ambos os líderes têm desafios significativos em suas economias internas, o que torna este encontro crucial.
Temas em discussão
Embora o comércio seja o foco oficial da agenda, questões sensíveis como Taiwan e segurança tecnológica devem dominar as conversas. Pequim quer que os EUA reafirmem sua política de não apoio à independência da ilha, enquanto Trump pode usar isso como moeda de troca para reduzir tarifas. Além disso, o combate ao tráfico de fentanil é um tema que pode aparecer nas negociações, uma vez que Washington aponta a origem desse problema como sendo da China.
Implicações para o comércio e a economia global
A rivalidade entre as duas nações afeta não só suas economias, mas também tem repercussões globais. A China, que já foi o principal importador de soja dos EUA, suspendeu suas compras em setembro de 2025, colocando em risco a produção e a estabilidade financeira de agricultores americanos. A situação se complica ainda mais com a possibilidade de tarifas de até 155% sobre produtos chineses, caso não haja um recuo significativo nas negociações.
Este encontro pode ser um divisor de águas nas relações EUA-China, e as decisões tomadas terão impactos duradouros não apenas para ambos os países, mas para a economia global como um todo.