Acordo sinaliza uma trégua, mas desafios persistem entre EUA e China
O encontro entre Trump e Xi, realizado em Busan, marca uma trégua nas tensões comerciais, mas os desafios permanecem.
No dia 30 de outubro de 2025, em Busan, Coreia do Sul, Donald Trump e Xi Jinping se reuniram em um momento crucial para as relações entre os EUA e a China. Este encontro, que Trump avaliou como 12 de 10, sugere que os altos custos da confrontação estavam se tornando insustentáveis para ambos os lados. Embora tenham feito concessões, a reunião ainda deixa muitas questões em aberto sobre a estabilidade das relações futuras.
Sinais de trégua, mas com desafios persistentes
Durante a reunião, ambos os líderes concordaram em adiar restrições severas sobre exportações de materiais raros e a China se comprometeu a comprar novamente soja dos EUA. No entanto, as tarifas médias sobre produtos chineses permanecem elevadas, e a luta por controle tecnológico continua. As tarifas dos EUA, que em média ficaram em 55%, ainda representam um estresse significativo para a economia chinesa, que, apesar disso, conseguiu desviar suas exportações para mercados alternativos na Ásia.
O impacto das tarifas e a resposta da China
As ações de retaliação da China, incluindo a ampliação de controles sobre a exportação de terras raras, demonstram a capacidade de Pequim de responder a pressões externas. Este cenário destaca a dependência dos EUA dessas matérias-primas, essenciais para tecnologias modernas, e expõe a fragilidade da estratégia americana de conter o crescimento chinês. Além disso, a inflação nos EUA, impulsionada pelas tarifas, atingiu níveis preocupantes, o que pode influenciar a política interna e a percepção pública sobre a eficácia da administração de Trump.
Rumo ao futuro: o que esperar
Embora a trégua tenha sido estabelecida por um ano, as implicações da reunião vão além do curto prazo. Xi Jinping pode usar esse tempo para fortalecer a posição da China em tecnologias emergentes e para se apresentar como uma potência global responsável. Por outro lado, Donald Trump ainda enfrenta a pressão de seus apoiadores para adotar uma postura mais agressiva. As duas potências estão em um jogo complexo de estratégia e posicionamento, onde o futuro das relações comerciais e políticas permanece incerto.