Acordo pode ser assinado após duas décadas de negociações.
Acordo entre Mercosul e União Europeia pode ser assinado em breve, após anos de negociações.
O acordo comercial UE-Mercosul, que vem sendo discutido por mais de 20 anos, está novamente em evidência e sua assinatura pode ocorrer em breve, após diversas negociações e adiamentos. As cúpulas em Foz do Iguaçu (PR) criaram uma expectativa, porém as resistências políticas de nações como França e Itália ainda são um obstáculo.
O impacto das negociações no cenário internacional
As discussões técnicas do acordo foram concluídas em 2019, mas divergências políticas e ambientais, principalmente do lado europeu, impediram avanços significativos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que a assinatura é crucial para o Brasil, alertando que a oportunidade pode não se repetir durante seu governo. A pressão por um fechamento definitivo das negociações aumentou, refletindo a urgência do cenário comercial internacional.
As vantagens e preocupações com o acordo
O acordo promoverá uma zona de livre comércio entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) e os 27 membros da União Europeia, abrangendo cerca de 780 milhões de consumidores. Os benefícios incluem a redução de tarifas e barreiras comerciais que facilitarão as exportações de produtos agropecuários, como carne e soja, além de produtos industriais da UE. No entanto, a oposição de alguns países da UE, preocupados com a proteção de seus agricultores e as implicações ambientais, continua sendo um desafio.
Um futuro incerto
A formalização do acordo ainda depende da aprovação do Conselho Europeu e da ratificação pelos parlamentos nacionais, um processo que pode ser demorado e sujeito a novos entraves. O governo brasileiro considera o pacto essencial para diversificar mercados e atrair investimentos, enquanto as tensões políticas entre os blocos econômicos continuam a ser um fator crítico nas negociações. Se não for assinado em breve, o futuro do acordo poderá ser comprometido, deixando dúvidas sobre as relações comerciais entre os dois blocos nos próximos anos.