Como a falta de memórias na infância impacta o desenvolvimento
A amnésia infantil, que ocorre até os 2 ou 3 anos, impede lembranças da infância. Estudos mostram que bebês formam memórias, mas não autobiográficas.
Em 30 de outubro de 2023, a compreensão sobre a amnésia infantil revela que a ausência de memórias da primeira infância, até os 2 ou 3 anos, é um fenômeno intrigante. Durante essa fase, os bebês aprendem a reconhecer rostos e objetos, mas não conseguem recordar esses momentos mais tarde.
O que caracteriza a amnésia infantil?
Pesquisadores têm estudado a amnésia infantil, que se refere à incapacidade de lembrar eventos significativos da primeira infância. Apesar de não conseguirem lembrar, os bebês conseguem formar memórias, como a distinção entre o rosto da mãe e um estranho, demonstrando que a capacidade de memória existe, mas é limitada.
Desenvolvimento da memória nos bebês
Estudos indicam que, mesmo em idades precoces, como 2 a 6 meses, os bebês formam memórias semânticas. Experimentos mostram que os bebês podem aprender a controlar um móbile ou uma alavanca que faz um trem se mover, indicando que mesmo a ausência de lembranças pessoais não impede o aprendizado básico. Um estudo notou que bebês de 6 meses podiam lembrar de um aprendizado por até um dia após a experiência.
Causas da amnésia infantil
O hipocampo, que é crucial para o armazenamento de memórias, não está totalmente desenvolvido até os 2 anos, o que pode explicar a amnésia. Além disso, a falta de senso de identidade e a incapacidade de formar narrativas verbais sobre experiências pessoais dificultam a retenção de memórias. Assim, a amnésia infantil continua a ser um tema de interesse para pesquisadores que buscam entender suas implicações na formação da identidade ao longo da vida.
Seja como for, a amnésia infantil é um fenômeno fascinante do desenvolvimento humano e que ainda deixa uma pergunta aberta aos futuros pesquisadores: nossas primeiras experiências estão apagadas para sempre ou existe uma maneira de recuperá-las?