Resultado reflete a rejeição popular a propostas do governo de Daniel Noboa
Referendo no Equador rejeita bases militares estrangeiras e nova Constituição, marcando uma reviravolta para o governo de Noboa.
Rejeição popular às propostas de bases militares e nova Constituição
Neste domingo (16), durante um referendo no Equador, os cidadãos se manifestaram contra a instalação de bases militares estrangeiras e a criação de uma nova Constituição. A consulta, que também abordou temas como a redução do número de congressistas e o financiamento público dos partidos, resultou em uma derrota significativa para o presidente Daniel Noboa.
A participação foi alta, com mais de 80% dos 13,9 milhões de eleitores habilitados comparecendo às urnas, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A presidente do CNE, Diana Atamaint, afirmou que os resultados preliminares indicavam uma tendência clara, com a opção ‘não’ prevalecendo nas quatro perguntas do referendo.
Detalhes dos resultados do referendo
De acordo com as contagens realizadas, a proposta de instalação de bases militares estrangeiras foi rejeitada por 60,55% dos votos. A proposta de nova Constituição enfrentou uma rejeição ainda maior, com 61,6% dos cidadãos votando ‘não’. As questões sobre o financiamento público dos partidos e a redução do número de congressistas também foram reprovadas, com 58% e 53,4% dos votos, respectivamente.
Esses resultados representam uma reviravolta na estratégia de Noboa, que foi reeleito em abril e buscava apoio popular para medidas mais rígidas contra o crime organizado, em uma postura alinhada com os interesses dos Estados Unidos.
Reações ao resultado do referendo
O ex-presidente Rafael Correa, que propôs a Constituição atual, comemorou o resultado nas redes sociais, afirmando que o povo equatoriano disse não à corrupção e à incapacidade do governo. Em contraste, Noboa aceitou os resultados e reafirmou seu compromisso com o país, prometendo continuar a lutar com as ferramentas disponíveis.
O que vem a seguir para o governo de Noboa
O resultado do referendo coloca Noboa em uma posição desafiadora, uma vez que suas propostas foram amplamente rejeitadas. A aceitação dos resultados e a promulgação de novas estratégias para lidar com a insegurança e outros problemas sociais serão cruciais para o futuro do governo. A presidente do CNE, Diana Atamaint, elogiou a votação como um êxito total, destacando que ocorreu sem incidentes graves, o que demonstra a maturidade política dos eleitores equatorianos.
A consulta popular não apenas reflete o descontentamento atual, mas também pode moldar os próximos passos do governo em relação à segurança e à governança no Equador. Com a rejeição em massa das propostas, Noboa terá que reconsiderar suas abordagens e buscar alternativas que atendam às demandas da população.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Adriano Machado