Erros humanos e cansaço: causas da queda do avião da Voepass

Relatório do MTE aponta irregularidades nas escalas de trabalho

Um relatório do MTE destaca que o cansaço da tripulação pode ter sido um fator contribuinte para a queda do avião da Voepass, em agosto de 2024.

Um relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta que a fadiga dos pilotos pode ter contribuído para o acidente com o avião da Voepass, que ocorreu em 9 de agosto de 2024, resultando na morte de 62 pessoas. Essa análise revela que as escalas de trabalho da tripulação não ofereciam o descanso adequado, potencializando a ocorrência de erros humanos.

Problemas nas escalas de trabalho

A auditoria revelou que a Voepass não realizava um controle efetivo da jornada de trabalho dos funcionários, desrespeitando a legislação que assegura o tempo de descanso necessário. As escalas montadas pela empresa foram consideradas inadequadas, levando à geração de cansaço em níveis que poderiam comprometer a atenção e o desempenho dos pilotos. Essa situação culminou em dez autos de infração, resultando em multas que somam cerca de R$ 730 mil.

Consequências para a Voepass

Além das multas, a empresa foi notificada por não recolher mais de R$ 1 milhão ao Fundo de Garantia dos trabalhadores. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) já havia cassado a certificação de operação da Voepass, que estava suspensa desde março deste ano. Em abril de 2025, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial, refletindo a gravidade da situação.

Resposta da empresa

A Voepass foi procurada para comentar sobre o relatório do MTE, mas não retornou aos contatos. As irregularidades identificadas levantam questões sobre a segurança operacional e a responsabilidade da companhia aérea em garantir condições adequadas de trabalho para seus funcionários.

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