A Rússia intensificou o conflito na Ucrânia com o maior ataque aéreo desde o início da guerra. No domingo, 7 de setembro, uma ofensiva massiva atingiu Kiev com uma combinação devastadora de drones e mísseis, resultando em vítimas civis, incluindo um bebê de três meses e sua mãe. A ação eleva a preocupação sobre uma escalada perigosa no conflito.
O ataque atingiu até mesmo o coração do governo ucraniano. Pela primeira vez, um prédio governamental central foi danificado, com relatos de um bombardeio no distrito histórico de Pechersky. O gabinete de ministros, que abriga escritórios de alto escalão, foi afetado, embora a causa exata do dano ainda esteja sob investigação.
Em resposta ao ataque, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky expressou sua indignação. “Esses assassinatos agora, quando a diplomacia real já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra”, declarou Zelensky em publicação no X (antigo Twitter), reiterando seu pedido por reforço imediato dos sistemas de defesa aérea.
A primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, também se manifestou, enfatizando a necessidade de ação internacional. “Vamos restaurar os prédios, mas vidas perdidas não podem ser recuperadas. O mundo precisa responder não apenas com palavras, mas com ações”, afirmou, ecoando o apelo por apoio concreto.
O alerta aéreo em Kiev e arredores durou mais de 11 horas, com bairros residenciais atingidos por destroços que provocaram incêndios e desabamentos. Equipes de resgate trabalham incansavelmente na remoção de escombros e no combate às chamas, enquanto famílias desabrigadas buscam refúgio.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou a ofensiva, alegando ter como alvo fábricas de armamentos, arsenais e depósitos de drones. Moscou sustenta que a ação visava pontos de concentração de soldados ucranianos e mercenários estrangeiros, em uma tentativa de justificar a escalada do ataque.
A escalada ocorre em meio a um impasse nas negociações de cessar-fogo. Vladimir Putin, resiste a propostas de mediação e insiste em negociações em Moscou, uma condição rejeitada por Zelensky, que acusa a Rússia de não querer um encontro genuíno para buscar a paz.