Documentos recentes intensificam as ligações entre o ex-presidente e o polêmico caso
Novos documentos ligam Trump ao escândalo sexual de Epstein, aumentando a pressão sobre o presidente.
Em meio à crise enfrentada pelos Estados Unidos e a queda de popularidade do atual presidente, Donald Trump, o escândalo sexual de Jeffrey Epstein voltou a ganhar destaque nesta semana. Novos documentos revelam ligações diretas entre o ex-presidente e o polêmico caso de exploração sexual infantil. As informações emergem em um contexto delicado para Trump, que enfrenta pressões políticas e uma desaceleração em sua aprovação popular.
Jeffrey Epstein, um ex-financista, foi acusado de abusar sexualmente de meninas menores de idade entre as décadas de 1990 e 2000, utilizando uma rede de tráfico sexual que ele mesmo coordenava. As investigações acerca de suas atividades começaram em 2005, e ele foi preso em 2008, após se declarar culpado de algumas acusações. Depois de cumprir uma pena reduzida, Epstein foi solto em julho de 2009.
O caso voltou a ser notícia em 2019, quando Epstein foi preso novamente em investigações federais. Menos de três semanas após sua prisão, ele foi encontrado morto em uma cela em Manhattan, com a morte sendo considerada um suicídio pelas autoridades.
Os documentos que reacenderam o debate incluem e-mails que Epstein enviou, sendo um deles datado de 2019, onde afirmava que Trump “sabia das meninas”. Em outra comunicação de 2011 com Ghislaine Maxwell, sua então parceira que posteriormente foi condenada por facilitar os crimes de Epstein, o ex-financista mencionou que Trump havia passado horas com uma das vítimas em sua casa.
Trump se defende das acusações
Apesar de nunca ter sido formalmente investigado sobre o caso, as conexões entre Trump e Epstein se tornaram um grande ponto de controvérsia durante o segundo mandato do republicano. Entre as décadas de 1990 e 2000, Trump e Epstein eram amigos próximos, frequentemente vistos em eventos sociais de alto perfil. Em resposta às novas revelações, Trump tem negado qualquer conhecimento sobre os crimes de Epstein, embora seu nome tenha aparecido em registros de voos associados ao ex-financista.
Além disso, uma reportagem revelou um desenho de Trump para Epstein que continha a silhueta de uma mulher nua, aumentando ainda mais as especulações sobre a natureza de sua relação. Na corrida eleitoral do ano passado, Trump prometeu divulgar mais documentos relacionados ao escândalo, incluindo uma lista de pessoas supostamente ligadas ao esquema de exploração sexual. Embora alguns dos nomes tenham sido divulgados, muitos consideram que as informações não trouxeram novidades significativas.
Pressão política e ataques a opositores
Após a divulgação dos e-mails, Trump acusou os democratas de usarem o caso Epstein para desviar a atenção de crises mais urgentes, como o shutdown do governo federal, que ocorreu após a rejeição de um projeto orçamentário no Senado. Essa paralisação resultou em impactos diretos nos serviços federais, intensificando a pressão sobre a administração de Trump.
Os democratas, por sua vez, têm pressionado o Departamento de Justiça para que todos os documentos sobre Epstein sejam divulgados pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi. A situação permanece em constante evolução, com as ramificações do escândalo ainda reverberando na política americana.
A imagem que ilustra essa matéria, tirada em 1997, mostra Jeffrey Epstein e Donald Trump em um evento no Mar-a-Lago Club, destacando a complexidade e o histórico da relação entre os dois. As revelações continuam a assombrar Trump, enquanto ele busca manter sua posição em um cenário político cada vez mais desafiador.
Fonte: www.metropoles.com