Escorpião: Entenda a Ação do Veneno no Corpo e Como Agir Após a Picada

O aumento da incidência de picadas de escorpião está ligado às variações climáticas e ao período de reprodução dos animais, entre agosto e setembro. Adaptados ao ambiente urbano, esses aracnídeos buscam abrigo em entulhos, ralos e frestas, alimentando-se principalmente de baratas, o que aumenta o risco de contato com humanos.

Em caso de picada, o veneno é rapidamente absorvido, causando dor intensa no local. As toxinas afetam as terminações nervosas, liberando neurotransmissores que interferem no sistema nervoso autônomo, responsável por funções como respiração e batimentos cardíacos.

Os sintomas variam conforme a idade. Em adultos, incluem dor intensa, vermelhidão, inchaço, hipertensão, aumento da frequência respiratória, fraqueza, espasmos musculares e sintomas neurológicos leves. Crianças e idosos podem apresentar quadros mais graves, com agitação, espasmos, movimentos anormais da cabeça, náuseas, vômitos, salivação excessiva, convulsões, hipotermia e risco de arritmias que podem levar à parada cardiorrespiratória. A gravidade é maior nesses grupos devido à menor estrutura física ou fragilidade orgânica, facilitando a circulação rápida do veneno.

Em casos graves, o soro antiescorpiônico é recomendado, enquanto em casos leves, o controle da dor e a observação hospitalar são as medidas indicadas.

Após a picada, é importante lavar o local com água e sabão, evitar torniquetes ou sucção, manter a vítima em repouso e procurar imediatamente um serviço de saúde. Se possível, capturar o escorpião com segurança para identificação.

No Brasil, quatro espécies são monitoradas: Tityus serrulatus (escorpião-amarelo), Tityus bahiensis (escorpião-marrom), Tityus stigmurus (escorpião amarelo do nordeste) e Tityus obscurus (escorpião preto da Amazônia). O escorpião-amarelo é o principal responsável pela maioria dos óbitos.

Para evitar ataques e a proliferação dos escorpiões, recomenda-se manter quintais e terrenos livres de entulhos, vedar ralos e frestas, usar calçados e luvas em áreas de risco e controlar a população de baratas, principal fonte de alimento dos aracnídeos.

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