Esforço mental reduz a frequência das piscadas, revela estudo

Pesquisa indica que menos piscadas estão correlacionadas com maior concentração em tarefas desafiadoras.

Um estudo da Universidade Concordia aponta que o esforço mental reduz a frequência das piscadas, especialmente em ambientes ruidosos.

Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade Concordia, no Canadá, sugere que a frequência das piscadas diminui à medida que o esforço mental aumenta. Essa relação, que pode parecer apenas uma expressão popular, tem respaldo científico e foi analisada em um trabalho publicado na revista Trends in Hearing.

O papel do piscar no foco e atenção

A pesquisa investigou o papel do piscar dos olhos não apenas na lubrificação ocular, mas também como um reflexo que acompanha mecanismos de atenção e foco. Os cientistas realizaram dois experimentos com cerca de 50 adultos, em um ambiente controlado onde os participantes ouviam frases curtas enquanto olhavam fixamente para uma cruz na tela. O grau de dificuldade das tarefas auditivas variava conforme o nível de ruído, exigindo mais concentração em certas situações.

Resultados e implicações

Com o auxílio de óculos de rastreamento ocular, a equipe conseguiu monitorar as piscadas dos participantes. Durante a escuta das frases, especialmente em contextos ruidosos, o número de piscadas caiu significativamente. Após a fala, a frequência retornou a níveis normais. Os pesquisadores concluíram que o cérebro automaticamente reduz o piscar para evitar interrupções na captação de informações importantes.

A pesquisa em diferentes condições

Para garantir que a iluminação do ambiente não influenciasse os resultados, um segundo experimento foi conduzido sob diferentes níveis de luz. A relação entre a carga cognitiva e a frequência das piscadas se manteve, indicando que não é a luminosidade que afeta o piscar, mas sim o esforço mental requerido.

Relevância do estudo

Tradicionalmente, estudos sobre atenção focam na dilatação da pupila como indicador do esforço cognitivo, enquanto as piscadas são vistas como dados secundários. Este estudo reverteu essa lógica, ressaltando a importância das piscadas como um reflexo do estado mental dos indivíduos. A descoberta pode ter implicações práticas em áreas como educação, saúde e comunicação, além de contribuir para o desenvolvimento de tecnologias que monitoram a atenção e a fadiga mental fora do ambiente laboratorial.

Os pesquisadores agora planejam investigar mais a fundo em que momento e de que maneira essas pequenas perdas de informação ocorrem durante uma piscada, o que pode enriquecer ainda mais o entendimento sobre a relação entre atenção e comportamento ocular.

Fonte: www.metropoles.com

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