Novo comandante assume enquanto a estação se prepara para desorbitar até 2030
Estação Espacial Internacional se prepara para seus últimos anos operacionais com novos planos de desorbitagem.
A Estação Espacial Internacional e sua trajetória de 25 anos
Após 25 anos de operação contínua, a Estação Espacial Internacional (ISS) está prestes a entrar em seus últimos cinco anos de operações. Prevista para ser desorbitada intencionalmente até 2030, a estação se tornou um importante centro de pesquisa científica e colaboração internacional. NASA e seus parceiros estão implementando estratégias para garantir que a ISS continue a ser um ambiente produtivo até seu fechamento.
Mudanças no comando da ISS: Mike Fincke assume a liderança
No próximo domingo, 7 de dezembro, o astronauta da NASA Mike Fincke assumirá o comando da ISS, substituindo o cosmonauta russo Sergey Ryzhikov. Esta transição ocorre em um momento crucial, pois a estação se prepara para a desorbitagem. O novo comandante terá a responsabilidade de coordenar as atividades científicas e operacionais, garantindo que os experimentos sejam realizados com sucesso durante os anos finais da estação.
Preparativos para a desorbitagem: o papel do USDV
Em 2025, a NASA contratou a SpaceX para desenvolver o Veículo de Desorbitagem dos Estados Unidos (USDV), com um orçamento de até 843 milhões de dólares. Este veículo será vital para guiar a ISS em direção a uma aterrissagem segura em uma área desabitada do Oceano Pacífico. Os preparativos para a desorbitagem envolvem também a necessidade de manter o abastecimento de combustível e recursos para as operações finais da estação.
O papel da CASIS e a continuidade das pesquisas
A CASIS (Center for the Advancement of Science in Space) anunciou a extensão de seu acordo com a NASA até 2030, permitindo que a organização continue gerenciando o Laboratório Nacional da ISS. Este suporte é essencial para a continuidade de experimentos científicos, pois a CASIS gerencia até 50% do tempo de voo disponível para a pesquisa na estação. Desde 2011, mais de 940 cargas úteis foram lançadas graças a essa parceria.
Desafios para os voos espaciais: incidentes e reparos
Recentemente, um incidente com a plataforma de serviço móvel após o lançamento da Soyuz MS-28 gerou preocupações em relação aos voos futuros. A plataforma, que fornece acesso ao motor do foguete, colapsou, levando a estimativas que indicam que os reparos podem levar até dois anos. Isso impacta diretamente no agendamento de lançamentos e na logística das missões, embora a NASA esteja trabalhando em alternativas para garantir a operação contínua da ISS.
Cronograma das próximas missões
Para os próximos anos, o cronograma de lançamentos da ISS está definido. As missões planejadas incluem a Crew-12 da SpaceX em fevereiro de 2026 e a Soyuz MS-29 em julho de 2026, entre outras. Cada missão será crucial para garantir a presença contínua de astronautas na estação e a realização de pesquisas científicas até o último momento.
O futuro da ISS: um encerramento gradual
À medida que a ISS se aproxima de seu fechamento, a NASA e seus parceiros estão desenvolvendo planos para a desaceleração e a desorbitagem gradual da estação. O gerenciamento da altura orbital será realizado principalmente pela segmentação russa da estação, que assumirá a responsabilidade final antes da desorbitagem. A colaboração entre as agências espaciais continua a ser um fator essencial para a conclusão bem-sucedida dessa fase da exploração espacial.
Nesta nova fase da Estação Espacial Internacional, a combinação de ciência avançada e parceria internacional permanecerá no centro das operações até o fechamento definitivo da estação, qual será um marco na história da exploração espacial.


