Estados que mais buscam por inversor solar híbrido: por que a procura aumentou?

(Créditos: Freepik)

Fatores como alto índice de irradiação solar no país, tarifas elevadas e risco de apagões impulsionam pesquisas por inversor solar híbrido

A busca por sistemas de energia solar avança em ritmo constante no Brasil. Nesse cenário, os inversores solares híbridos se destacam como tecnologia estratégica. Isso porque eles convertem a energia gerada pelas placas para uso residencial ou comercial, armazenam o excedente e interagem com a rede. 

Desse modo, reduzem impactos de quedas e oscilações no fornecimento. Um estudo recente revela quais estados lideram as pesquisas pelo dispositivo e mostra como fatores estruturais, tarifários e climáticos explicam essa tendência. 

O levantamento foi realizado pela Aldo Solar, maior distribuidora de energia solar do país, com base no volume de buscas dos usuários no Google Brasil durante o ano de 2025.

 

Quais estados mais procuram por inversor solar híbrido?

O levantamento da Aldo Solar mostra que dez estados concentram as maiores buscas por “inversor solar híbrido” no Google Brasil:

Os inversores híbridos avançam rapidamente no mercado, porque ajudam a reduzir problemas que costumam travar a aprovação de projetos de geração distribuída. Quando o sistema é configurado de forma adequada, o equipamento impede a inversão de fluxo, uma das principais causas de negativa pelas concessionárias. 

A adoção do modelo híbrido, portanto, tem se consolidado como solução para elevar a taxa de aprovação e assegurar maior estabilidade técnica nas instalações. 

No funcionamento diário, o inversor híbrido exerce papel central. Afinal, ele recebe a corrente contínua produzida pelos módulos fotovoltaicos e a transforma em corrente alternada. Essa etapa é decisiva para que a energia possa alimentar residências, comércios ou indústrias. 

Além da conversão, o equipamento possibilita geração e consumo simultâneos, direcionando de imediato a energia produzida para as cargas elétricas da unidade consumidora, o que otimiza o uso instantâneo e reduz a dependência da rede pública.

O sistema também viabiliza armazenamento do excedente. Ou seja, toda a energia não utilizada no momento da produção pode ser direcionada para baterias. Dessa forma, promove abastecimento contínuo no período noturno, em dias nublados ou em episódios de queda de rede. Essa capacidade amplia significativamente a autonomia energética.

Outro atributo determinante é a interação inteligente com a rede elétrica. O inversor híbrido permite tanto a injeção de energia excedente quanto o consumo da rede em situações de alta demanda, quando a produção e o armazenamento não são suficientes. Esse equilíbrio automático aumenta a flexibilidade operacional e melhora o desempenho econômico.

 

Por que o interesse aumentou? Clima, custo, apagões e expansão da geração distribuída

O avanço do interesse por inversor solar híbrido está ligado a características como condições climáticas. Situado entre os trópicos, o Brasil recebe altos índices de irradiação solar, o que garante oferta estável de luz ao longo do ano. A constância é ainda mais evidente em estados do Norte e do Nordeste, como Rondônia, Tocantins, Roraima e Acre.

Inclusive, a posição geográfica do país permite instalações com inclinação reduzida, diminuindo custos de implantação e manutenção. 

A expansão da geração distribuída é outro fator que sustenta as buscas. Entre janeiro e julho de 2025, o país adicionou 5,29 GW ao sistema, resultado direto de mais de 513 mil novos sistemas. 

São Paulo, que lidera o ranking de buscas por inversor híbrido, também se destacou pela maior expansão tanto em número de usinas quanto em potência instalada. Os dados são da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O custo da energia elétrica reforça ainda mais o interesse. Estados que aparecem com força no ranking, como Mato Grosso do Sul (R$ 0,870/kWh), Tocantins (R$ 0,823/kWh), Acre (R$ 0,791/kWh), Goiás (R$ 0,745/kWh), Mato Grosso (R$ 0,847/kWh) e Roraima (R$ 0,661/kWh), figuram entre as tarifas mais altas do país. 

Assim, em cenários em que o valor do kWh pesa no orçamento mensal, cresce a busca por soluções que ampliem a eficiência do sistema fotovoltaico e reduzam a dependência da rede.

Além disso, o país registra recorrentes episódios de apagões. Apenas no primeiro semestre de 2025, foram contabilizadas 22 interrupções superiores a 100 MW. Ao oferecer armazenamento e operação contínua, mesmo em momentos de falha na rede, o inversor híbrido se consolidou como solução eficiente para enfrentar cenários de instabilidade. 

 

É necessária a homologação do sistema híbrido de energia solar?

A Lei 14.300, que instituiu o Marco Legal da Geração Distribuída, determina que concessionárias e permissionárias de distribuição devem atender às solicitações de acesso de sistemas conectados à rede, com ou sem armazenamento. Isso inclui os sistemas híbridos. 

Portanto, qualquer instalação fotovoltaica híbrida integrada à rede precisa de homologação na distribuidora local.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Secom - Verão Maior - PI 46880
TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: