Clareamento e lentes de contato eram realizados em Bangu 3
Líderes do Comando Vermelho realizavam procedimentos estéticos durante a detenção em Bangu 3, revelando um esquema de regalias.
Em 01 de novembro de 2025, foi revelado que líderes do Comando Vermelho (CV) realizavam procedimentos estéticos, como clareamento dentário e colocação de lentes de contato, dentro do presídio Bangu 3. Esses serviços eram pagos com dinheiro do crime e, segundo fontes policiais, foram realizados por dentistas contratados que exploravam uma brecha na legislação sobre atendimentos odontológicos permitidos.
O esquema de regalias
A falta de especificação judicial sobre quais tratamentos odontológicos eram autorizados permitiu que criminosos do CV contratassem serviços estéticos. Durante uma dessas visitas, um dentista foi flagrado ao entrar com um iPhone 14 Pro Max destinado ao traficante Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho, um dos principais membros da facção. Após a revelação do esquema, juízes do Rio passaram a proibir a realização de procedimentos estéticos nos presídios.
Consequências e desdobramentos
O sistema penitenciário fluminense já enfrentava críticas por regalias concedidas a detentos, especialmente líderes de facções criminosas. A operação que levou à detenção desses líderes foi marcada por confrontos violentos que resultaram na morte de quatro policiais. Essa situação destaca os desafios enfrentados pelas autoridades na tentativa de controlar o crime organizado, especialmente com a utilização de táticas militares por parte do CV.
A operação mais letal
Essa operação específica é considerada uma das mais letais da história do Rio de Janeiro, resultando em uma série de mortes entre policiais e criminosos. A lista de mortes inclui nomes conhecidos dentro da facção, como Pepê, e revela a gravidade da situação nas comunidades dominadas pelo tráfico. Além disso, a presença de tecnologia avançada, como drones, para vigilância e ações criminosas demonstra a complexidade do crime organizado na região.