Análise do JPMorgan revela planos distintos para o próximo ano entre os principais bancos.
Relatório do JPMorgan analisa o desempenho e as estratégias dos principais bancos para 2026.
Estratégias dos bancos para 2026
Os principais bancos do Brasil, após um 2025 repleto de altas, enfrentam um novo cenário em 2026. A análise do JPMorgan destaca como cada instituição está se preparando para os desafios que vêm por aí. Embora o ambiente macroeconômico tenha sido favorável em 2025, a manutenção dessa trajetória dependerá de decisões estratégicas e ajustes internos.
O Itaú e o foco na redução de custos
O Itaú (ITUB4), um dos preferidos pelos investidores, viu suas ações dispararem em 2025, acumulando uma alta de 50%. Contudo, para 2026, a direção da instituição estipulou cortes de custos como prioridade. Isso inclui o fechamento de até 400 agências até o fim do ano, refletindo uma estratégia para conter o crescimento das despesas. O varejo, com foco em empréstimos consignados do INSS e financiamentos imobiliários, tem se mostrado um motor de crescimento, mas a qualidade dos ativos apresenta-se estável em meio ao cenário desafiador.
Bradesco: transformação e crescimento cauteloso
O Bradesco (BBDC4) também apresenta uma perspectiva positiva para 2026. Em um recente comunicado, a gestão delineou três pilares principais: foco na melhoria operacional, aceleração dos planos de transformação e uma abordagem que prioriza o crescimento gradual da rentabilidade. A expectativa é de que, mesmo com uma potencial desaceleração no crédito, as receitas e a margem financeira se mantenham estáveis, gerando confiança em um futuro promissor.
Desafios do Banco do Brasil
Diferentemente dos seus concorrentes, o Banco do Brasil (BBAS3) enfrenta um cenário mais complicado. O agronegócio, que já foi um pilar de estabilidade para a instituição, deverá pressionar os resultados em 2026. Com R$ 13 bilhões em empréstimos já negociados e previsão de que esse valor chegue a até R$ 25 bilhões, a instituição está atenta ao impacto das provisões e a necessidade de recuperação nas carteiras de crédito, especialmente em segmentos ligados a pequenas e médias empresas.
Impostos e o futuro do Santander
O Santander Brasil também não está livre de desafios. A expectativa de uma alíquota de impostos mais elevada pode impactar as operações em 2026, após um ano de 2025 com condições fiscais favoráveis. A gestão do banco está otimista em relação à melhora das despesas, resultado de uma otimização de suas agências, porém reconhece que a qualidade dos ativos poderá ser afetada em alguns casos corporativos.
O cenário macroeconômico e a confiança dos investidores
É evidente que, embora os bancos tenham mostrado forte desempenho em 2025, a confiança dos investidores será essencial para que essa leva de crescimento se mantenha em 2026. As estratégias delineadas por cada banco refletem uma adaptação às novas realidades do mercado, onde a capacidade de inovação, redução de custos e foco na eficiência operacional serão fundamentais para navegar em tempos incertos. O relatório do JPMorgan proporciona uma visão detalhada e crítica sobre o que podemos esperar do setor bancário nos próximos meses.
Fonte: www.moneytimes.com.br


