Três jogadas fundamentais na trajetória da gigante da tecnologia
O Google redefiniu a internet com três jogadas estratégicas que transformaram seu controle sobre a web.
Em 2004, o Google já era considerado o “rei da busca”, mas enfrentava um grande desafio: a dependência do sistema operacional Windows da Microsoft. Para escapar dessa armadilha, a empresa decidiu não lutar pelo controle do sistema operacional, mas sim tornar o próprio sistema irrelevante. O analista de tecnologia da Empiricus Asset, Pedro Carvalho, explica como a criação de ferramentas como Gmail, Maps e Docs permitiu que a vida digital dos usuários acontecesse dentro do navegador, diminuindo a dependência do Windows.
As jogadas fundamentais
A criação do Gmail, em abril de 2004, foi um movimento estratégico. O serviço não apenas revolucionou o e-mail, mas também afirmou que a web era a nova plataforma universal. Em seguida, o Google lançou o Maps, em fevereiro de 2005, que se tornou o motor da web 2.0, promovendo a interatividade e a colaboração entre usuários e startups. Por fim, em 2006, o Google lançou o Docs e o Sheets, oferecendo ferramentas colaborativas gratuitas, atacando a “joia da coroa” da Microsoft: o pacote Office.
Expansão do império
Para consolidar seu império, o Google também fez aquisições estratégicas. A compra do YouTube, em 2006, por cerca de US$ 1,65 bilhão, permitiu que a empresa dominasse o mercado de vídeos online, transformando a plataforma em uma fonte inestimável de dados. A parceria com a empresa por trás do Android também foi crucial, pois ao abrir o código, o Google possibilitou a criação de um ecossistema de celulares competindo com o iPhone.
O lançamento do Chrome
Em resposta ao surgimento do Bing, da Microsoft, o Google lançou o Chrome, um navegador que revolucionou a experiência de navegação na web. Ao abrir o código-fonte, a empresa garantiu que o controle da web não ficasse nas mãos da Microsoft. Segundo Pedro Carvalho, a criação do Chrome foi um verdadeiro xeque-mate, permitindo ao Google controlar seu próprio destino.
O futuro da tecnologia
Com a reestruturação em 2015, o Google se tornou parte da Alphabet, abrindo caminho para a era da inteligência artificial generativa. Contudo, a hesitação em lançar sua tecnologia chave da IA trouxe desafios. A competição com a OpenAI, que lançou o ChatGPT, levanta a dúvida se o Google conseguirá se reinventar novamente, mesmo diante da ameaça que vem de sua própria criação. Para saber mais sobre essa história, fique ligado no próximo episódio do Tech Riders.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								