Estresse oxidativo e longevidade: o que a ciência revela e a prevenção pode transformar

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O desequilíbrio ativa a resposta inflamatória: macrófagos liberam radicais livres na tentativa de combater agentes nocivos, mas acabam também danificando células saudáveis

 

O estresse oxidativo é uma condição fisiológica que surge quando há um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do organismo de neutralizá-los por meio de mecanismos antioxidantes. Quando persistente, esse processo causa danos ao DNA, às proteínas e ao tecido adiposo, criando um terreno fértil para doenças crônicas como diabetes, aterosclerose, hipertensão, cardiovasculopatias, câncer e distúrbios neurodegenerativos, incluindo Parkinson e Alzheimer. Não por acaso, a ciência reconhece o estresse oxidativo como um dos maiores contribuintes para as chamadas doenças da velhice. Durante o metabolismo normal, nossas células produzem radicais livres, mas também produzem antioxidantes capazes de equilibrar esse processo.

O problema ocorre quando a produção de radicais livres é excessiva ou quando os mecanismos antioxidantes estão enfraquecidos. Esse desequilíbrio ativa a resposta inflamatória: macrófagos liberam radicais livres na tentativa de combater agentes nocivos, mas acabam também danificando células saudáveis, formando um ciclo vicioso de inflamação e estresse oxidativo crônico. Na prática clínica, observamos que esse mecanismo está presente em múltiplas doenças inflamatórias e autoimunes, obesidade, diabetes e até em quadros de envelhecimento cerebral precoce. Estudos em modelos animais mostram que o excesso de radicais livres no cérebro de indivíduos diabéticos acelera a degeneração neuronal. O estresse oxidativo nem sempre se manifesta de forma evidente, mas alguns sinais podem servir de alerta, como cansaço frequente sem causa aparente, desequilíbrio emocional, ansiedade exacerbada, dores de cabeça recorrentes, maior suscetibilidade a infecções, irritabilidade, distúrbios de sono e queda no desempenho físico e mental.

O diagnóstico adequado exige acompanhamento médico criterioso, com exames laboratoriais e avaliação clínica direcionada. A boa notícia é que o estresse oxidativo pode ser prevenido e controlado com mudanças de estilo de vida. Fatores como má alimentação, tabagismo, excesso de álcool, sedentarismo, estresse crônico e exposição a poluentes e radiação aumentam significativamente sua intensidade. Entre as principais medidas protetoras estão uma alimentação balanceada rica em fibras, frutas, vegetais, proteínas magras e antioxidantes naturais, manutenção do peso corporal saudável, prática regular de atividade física em intensidade moderada, sono reparador e manejo do estresse. Mais importante ainda: a ciência demonstra que prevenir a formação de radicais livres é mais eficaz do que tentar neutralizá-los depois de formados. Em outras palavras, prevenção é a chave para o envelhecimento saudável. O estresse oxidativo é silencioso, mas extremamente nocivo. Cabe à medicina preventiva e à adoção de hábitos saudáveis interromper esse ciclo, garantindo proteção celular, preservação da vitalidade e uma longevidade muito mais saudável.

 

Divulgação: Dra. Carolina Mantelli.
Fonte: Assessoria de Imprensa. / Fotos: Divulgação e Pexels.

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