Estudo revela 57 maneiras de observar uma estrela morrendo

Agência

Astrônomos obtêm novas informações sobre o destino do nosso sol através da análise de estrelas gigantes vermelhas.

Pesquisadores observam 57 faces de uma estrela morrendo e preveem o futuro do nosso sol.

Astrônomos têm explorado as diferentes fases de estrelas morrendo, e um estudo recente revela 57 maneiras de observar a estrela W Hydrae, uma gigante vermelha a 320 anos-luz da Terra. Utilizando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), essa pesquisa oferece uma visão sem precedentes sobre como estrelas se comportam à medida que se aproximam do final de suas vidas. Com a capacidade de capturar a atmosfera de uma estrela morrendo como nunca antes, os cientistas podem prever melhor o que acontecerá com o nosso sol em aproximadamente 5 bilhões de anos.

O que é a estrela W Hydrae?

A W Hydrae é classificada como uma estrela gigante vermelha ou AGB. Ela foi estudada através de diferentes moléculas, permitindo que os cientistas identificassem uma variedade de características dessa estrela moribunda. O time de pesquisa, liderado por Keiichi Ohnaka, afirmou que a combinação dos dados do ALMA com as observações do Very Large Telescope (VLT) realizaram uma nova conexão entre a química molecular e a formação de poeira em tempo real.

Observações detalhadas da atmosfera

As observações mostraram que a W Hydrae possui uma atmosfera extremamente turbulenta. O ALMA detectou movimentos gasosos distintos, com gases próximos ao núcleo se movendo a cerca de 36.000 km/h para fora, enquanto gases superiores caiam em direção ao núcleo a uma velocidade de 46.000 km/h. Essa dinâmica se assemelha a um padrão de fluxo estratificado, conforme modelado em 3D. Com essas informações, os cientistas agora podem observar a interação entre a química, as movimentações do gás e a formação de poeira de maneira quase em tempo real.

A importância da formação de poeira

Durante a morte de estrelas como a W Hydrae, elas espelham suas camadas externas no meio interestelar, enriquecendo o cosmos com elementos que são essenciais para a formação de novas estrelas e planetas. As descobertas revelaram a presença de moléculas como monóxido de silício e vapor de água em locais onde foram observadas nuvens de poeira, indicando que esses materiais estão diretamente envolvidos na formação de grãos de poeira. Essa informação é crucial para resolver um dos maiores desafios na astrofísica estelar: a perda de massa em estrelas AGB.

Implicações para o nosso sol

O estudo da W Hydrae pode ser visto como uma janela para o futuro do nosso sol. À medida que o sol começa a entrar na fase vermelha de gigante, ele também passará por processos similares de enriquecimento do meio interestelar. Essas observações não apenas ajudam a entender melhor os ciclos de vida das estrelas, mas também como nosso sistema solar pode se transformar em um novo ambiente para o surgimento de vida após a morte do sol.

Conclusão

As pesquisas sobre a W Hydrae têm implicações fundamentais na astrofísica e em nossa compreensão do universo. A combinação das tecnologias de observação do ALMA e do VLT permitiu que os cientistas vissem a estrela em um nível de detalhe sem precedentes, oferecendo insights sobre a complexidade da vida e morte das estrelas. Os resultados foram publicados no dia 2 de dezembro na revista Astronomy & Astrophysics, e prometem abrir novas frentes de pesquisa na busca por respostas sobre a vida no cosmos.

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