Pesquisa dinamarquesa aponta que baixo peso pode ser mais perigoso que obesidade

Um estudo sugere que estar muito abaixo do peso pode ser mais arriscado para a saúde do que a obesidade.

Uma pesquisa realizada por cientistas dinamarqueses trouxe novos dados sobre os riscos à saúde associados ao peso. O estudo comparou os efeitos de estar muito abaixo do peso e de estar acima do peso, revelando que ser magro demais pode ser mais arriscado, aumentando o risco de morte. Essa análise foi apresentada na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, realizada em Viena, na Áustria.

Dados da pesquisa

O estudo envolveu 85 mil participantes, acompanhados durante cinco anos. Os resultados mostraram que aqueles com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 18 têm quase três vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles com IMC entre 22 e 25. A pesquisa também indicou que pessoas com IMC entre 20 e 22,5 apresentaram 27% mais chances de morte em comparação com indivíduos na faixa saudável.

Revisão das referências de IMC

Os pesquisadores sugerem que os critérios atuais para definir um peso saudável podem estar exagerados para baixo. De acordo com a líder do estudo, Sigrid Bjerge Gribsholt, os dados contrariam a ideia de que um IMC mais alto está sempre ligado a um maior risco de mortalidade. Alguns indivíduos com sobrepeso, em boa forma, podem não apresentar os problemas de saúde associados à obesidade.

Implicações para a saúde pública

Esses achados trazem à tona a necessidade de uma reavaliação dos padrões de peso na sociedade. A gordura visceral, por exemplo, que se acumula na região abdominal, é considerada mais prejudicial do que a gordura subcutânea. Portanto, é essencial considerar a distribuição da gordura no corpo, além do número no IMC, ao avaliar a saúde de um indivíduo. O estudo sugere que a forma como a gordura é distribuída e o nível de atividade física são fatores críticos a serem considerados na saúde geral.