Operação visa combater narco-terrorismo e reforçar a segurança na região
Os EUA lançam a operação 'Southern Spear' para combater narco-terroristas na América do Sul.
EUA anunciam operação ‘Southern Spear’ para combater narco-terrorismo
No dia 2 de novembro de 2025, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou oficialmente o lançamento da operação ‘Southern Spear’, uma ação militar destinada a eliminar narco-terroristas na América do Sul. A operação faz parte de um aumento significativo na presença militar dos EUA na região, que inclui tropas, navios e aviões de combate.
Hegseth afirmou em uma postagem nas redes sociais que a missão é crucial para proteger a segurança nacional dos Estados Unidos e remover os narco-terroristas do Hemisfério. “Hoje, estou anunciando a Operação SOUTHERN SPEAR. Liderada pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear e pela @SOUTHCOM, essa missão defende nossa pátria e garante a segurança contra as drogas que estão matando nosso povo”, disse ele.
Mobilização militar e operações em curso
A U.S. Southern Command (SOUTHCOM) é responsável por 31 países na América do Sul, América Central e Caribe. Recentemente, os fuzileiros navais dos EUA conduziram treinamentos de artilharia a bordo do USS Iwo Jima, um navio de assalto anfíbio, no Caribe. Essas ações estão alinhadas com as prioridades do presidente Donald Trump de interromper o tráfico de drogas ilícitas.
A operação ‘Southern Spear’ ocorre em um contexto de crescente tensão, já que a US Navy realizou múltiplos ataques a embarcações suspeitas de tráfico. Em uma das ações, a marinha americana atacou um barco, resultando na morte de quatro pessoas, conforme relatado por uma fonte do Departamento de Defesa dos EUA. Embora a administração defenda essas operações como necessárias para combater o tráfico de drogas, críticos apontam a falta de evidências e justificativas legais para os ataques letais, que já resultaram na morte de cerca de 80 pessoas.
Reação da Venezuela e posicionamentos internacionais
O governo venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, reagiu fortemente à mobilização militar dos EUA. Em uma declaração na televisão estatal, Maduro acusou os EUA de criar narrativas falsas para justificar suas ações na região. Ele criticou a presença militar como uma ameaça à soberania da Venezuela e à paz na América Latina.
A Venezuela mobilizou quase 200.000 tropas para um exercício militar em resposta à crescente presença militar dos EUA, com o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, chamando a operação de “ataque vulgar contra a soberania”.
Elizabeth Dickinson, analista sênior do International Crisis Group, comentou que a presença de um porta-aviões como o USS Gerald R. Ford, que está previsto para chegar à costa da Venezuela, não traz benefícios concretos no combate ao tráfico de drogas, mas é uma mensagem clara de pressão sobre o governo de Caracas.
Conclusão
A operação ‘Southern Spear’ representa um marco na estratégia militar dos EUA na América Latina e reflete as tensões entre Washington e Caracas. À medida que a mobilização militar se intensifica, a comunidade internacional observa atentamente as repercussões dessas ações e as possíveis implicações para a segurança regional.
Fonte: www.aljazeera.com
Fonte: Kevin Lamarque