Operação militar marca um novo capítulo nas relações entre EUA e Venezuela
EUA apreendem petroleiro venezuelano no Caribe, elevando tensões com o regime de Maduro. Entenda os detalhes da operação.
EUA apreendem petroleiro venezuelano no Caribe
Na quarta-feira (10), os EUA apreenderam um petroleiro venezuelano no Caribe, uma ação inédita que elevou as tensões com o governo de Nicolás Maduro. O presidente Donald Trump confirmou a operação, que marca a primeira vez que os EUA utilizam força militar para tomar um navio associado ao setor de petróleo da Venezuela, uma das principais fontes de renda do país.
Motivo da apreensão e detalhes da operação
O governo americano não forneceu detalhes completos sobre os motivos da apreensão, mas o presidente Trump mencionou que a operação ocorreu “por um bom motivo”. A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que existia um mandado de apreensão devido ao suposto transporte de petróleo para o Irã, violando sanções. Segundo Bondi, a embarcação faz parte de uma rede que financia organizações terroristas, segundo a narrativa de Washington.
Especialistas, no entanto, analisam que, para considerar a ação como um ato de guerra, seria necessário que o navio pertencesse oficialmente ao Estado venezuelano e que a apreensão acontecesse em águas territoriais da Venezuela. Essas condições não se aplicam ao caso, conforme revelado até o momento.
Identidade do navio apreendido
Embora o governo dos EUA não tenha confirmado oficialmente a identidade do petroleiro, veículos de comunicação indicam que se trata do VLCC Skipper, associado ao grupo de navegação Triton, sancionado em 2022 por operar redes de contrabando de petróleo com apoio da Rússia. Monitoramentos marítimos indicam que o Skipper carregava aproximadamente 1,1 milhão de barris de petróleo e navegava sob bandeira falsa, uma prática comum entre “navios-fantasma”.
Reações da Venezuela e do mercado
O governo de Maduro qualificou a apreensão como “intervencionismo ilegal” e se comprometeu a levar o assunto a organismos internacionais como a ONU. A Venezuela também criticou o histórico militar dos EUA em outros países e prometeu defender sua soberania.
As repercussões da apreensão foram imediatas: o preço do petróleo subiu, reacendendo especulações sobre uma possível intervenção militar americana na Venezuela, algo que Trump já insinuou anteriormente. A presença militar dos EUA na região, com o porta-aviões USS Gerald R. Ford e outros meios, intensifica as suspeitas do governo venezuelano sobre intenções de desestabilização do regime chavista.
Conclusão
A apreensão do petroleiro venezuelano representa um marco nas relações entre os EUA e a Venezuela, refletindo um cenário de crescente tensão e incerteza. As implicações políticas e econômicas desta ação ainda são difíceis de prever, mas certamente intensificam o clima de instabilidade na região.
Fonte: baccinoticias.com.br
