As tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil não são passíveis de renegociação imediata. A declaração foi feita por Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos, que classificou as medidas como “praticamente definitivas”. Em entrevista à CBS, Greer justificou o tarifaço, associando-o a motivações geopolíticas e a um suposto “abuso da democracia” no Brasil.
Segundo Greer, as ações de Trump refletem uma avaliação da política externa americana e a tomada de medidas consideradas apropriadas. “É normal utilizar estas ferramentas (tarifas) por razões geopolíticas”, afirmou, defendendo a decisão do ex-presidente. A imposição das tarifas, que podem chegar a 50% para produtos brasileiros, gerou forte reação no Brasil e levanta questionamentos sobre sua motivação.
A ordem executiva assinada por Trump estabelece diferentes níveis de tarifas para diversos países. A União Europeia, Japão e Coreia do Sul, por exemplo, enfrentarão taxação de 15%, enquanto o Reino Unido será taxado em 10%. Para a Indonésia, a tarifa será de 19%, e para Vietnã e Taiwan, de 20%. As novas taxas de importação, que entrarão em vigor em 7 de agosto, visam, segundo Greer, alinhar o plano comercial do presidente.
A tensão entre os governos se intensifica com as sanções impostas a Alexandre de Moraes, ministro do STF. Washington acusa Moraes de “caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. Em resposta, o ministro declarou que a corte brasileira não se intimidará com as ameaças da administração Trump, mantendo a firmeza em suas decisões.
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, já avalia o impacto do tarifaço e analisa possíveis respostas. A medida de Trump reacende debates sobre a relação comercial entre os dois países e o uso de tarifas como instrumento de pressão política. A situação continua em desenvolvimento, com o governo brasileiro buscando alternativas para mitigar os efeitos negativos do aumento das tarifas.