EUA enfrentam shutdown e impacto no emprego

Destaques econômicos e políticos do dia

A paralisação administrativa nos EUA começou à meia-noite, impactando a divulgação do relatório de empregos e serviços públicos.

A paralisação administrativa nos Estados Unidos começou à meia-noite desta quarta-feira (1º), em meio ao impasse entre republicanos e democratas no Congresso. O mercado volta as atenções para a duração do shutdown, já que um prolongamento pode atrasar a divulgação de indicadores relevantes antes da reunião do Federal Reserve (Fed) no fim de outubro. O Departamento do Trabalho anunciou que interromperá quase todas as atividades, incluindo a divulgação do relatório de empregos (payroll) de setembro, que estava prevista para sexta-feira.
Operadores também monitoram o impacto de possíveis interrupções em serviços públicos e programas federais. Se a paralisação ocorrer, milhares de funcionários podem ser dispensados, benefícios suspensos e tribunais federais e subsídios para pequenas empresas podem ser afetados.

Principais indicadores econômicos

No calendário econômico dos EUA, estão previstos hoje o emprego privado de setembro às 9h15, o PMI de indústria de setembro às 10h45, os gastos com construção de agosto às 11h, o ISM de indústria de setembro às 11h, os estoques de petróleo da Agência Internacional de Energia (AIE) no período semanal às 11h30 e o discurso de Barkin, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), às 13h15. Por aqui, os principais indicadores incluem o índice de gerente de compras (PMI) da indústria de setembro às 10h e o fluxo cambial semanal às 14h30, informações que ajudam investidores a avaliar o comportamento do mercado local diante das incertezas globais e do impacto das decisões políticas nos Estados Unidos.

Reuniões e votações no Brasil

Em Brasília, Câmara dos Deputados votará hoje o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O presidente do Banco Central, Gabriel Muricca Galípolo, participa às 9h de palestra no 1º Summit Sicredi de Estratégia, em São Paulo, evento fechado à imprensa. No Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reunião às 10h com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e outras reuniões ao longo do dia.

Consequências do shutdown

O Congresso dos Estados Unidos ultrapassou o prazo de meia-noite para aprovar o orçamento, desencadeando a primeira paralisação do governo dos EUA em quase sete anos. O Escritório de Orçamento da Casa Branca ordenou que as agências começassem a executar seus planos para a suspensão de recursos, fechando o governo com exceção de serviços essenciais, interrompendo o trabalho de centenas de milhares de americanos e afetando diversos serviços públicos.
A dívida pública federal subiu 2,59% em agosto, alcançando R$ 8,2 trilhões. O presidente Lula elogiou o Congresso durante a sanção de cinco projetos, destacando que todas as pautas relevantes foram aprovadas. A Comissão Mista de Orçamento aprovou que o fundo eleitoral terá ao menos R$ 4,9 bilhões em 2026, e a LDO ainda precisa ser votada na próxima semana.

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