Uma intensa onda de calor varre a Europa, acionando alertas vermelhos e provocando incêndios devastadores. Temperaturas recordes são registradas em diversos países, da França à Hungria, enquanto famílias são forçadas a evacuar suas casas diante do avanço implacável das chamas, principalmente na região dos Bálcãs.

Na França, o calor extremo quebrou recordes em várias cidades. Bordeaux atingiu 41,6°C, superando a marca de 2019. Diante da gravidade da situação, o serviço meteorológico nacional, Meteo France, elevou o alerta em 12 departamentos para vermelho, indicando um calor extremo com impactos significativos na saúde e nas atividades humanas.

“Não se engane. Isso não é ‘normal, é verão’. Não é normal, é um pesadelo”, alertou o climatologista agrícola Serge Zaka, em entrevista à BFMTV. O especialista demonstra a urgência da situação e a necessidade de reconhecer a gravidade dos eventos climáticos extremos.

A Hungria também enfrenta um calor sem precedentes. No domingo, o país registrou um novo recorde nacional de 39,9°C, ultrapassando a marca de 1948. Em Budapeste, o recorde de calor da cidade também foi quebrado, com os termômetros atingindo 38,7°C. As autoridades húngaras impuseram uma proibição nacional de fogueiras em resposta ao calor extremo e à seca.

Nos Bálcãs, a situação é ainda mais dramática. Montenegro enfrenta incêndios próximos à capital, Podgorica, e ao longo da costa do Mar Adriático, forçando evacuações e mobilizando o exército. Na Bósnia, a cidade de Mostar registrou 43°C. A Albânia mobilizou 800 soldados para combater quase 40 focos de incêndio, enquanto a Bulgária luta para controlar cerca de 200 focos de queimadas florestais. A Turquia também enfrenta incêndios que forçaram a evacuação de casas e interromperam o tráfego marítimo no estreito de Dardanelos.