Entenda a participação de egressos na trama da penitenciária
A série Tremembé, disponível no Prime Video, recebeu contribuição significativa de ex-detentos na sua produção, garantindo autenticidade às cenas.
Em Tremembé, 02/11/2025, a série que está disponível no Prime Video, a autenticidade das cenas é garantida pela colaboração de ex-detentos. O diretor Daniel Lieff revelou que a cena da rebelião, presente no primeiro episódio, contou com a participação de mulheres que viveram no sistema penal. Essa abordagem contribui para a veracidade das histórias apresentadas na série, que é baseada em casos reais.
A importância da participação de ex-detentos
Vera Egito, a roteirista de Tremembé, enfatizou a relevância da inclusão de ex-presidiários na produção. Essas pessoas estão em busca de reintegração no mercado de trabalho e, segundo ela, “são pessoas que já cumpriram pena, que estão idôneas”. A iniciativa de envolver ONGs que trabalham com a reinserção de egressos do sistema penal foi um dos pilares da produção, permitindo que os ex-detentos contribuíssem de forma significativa.
Distinção entre a produção e os casos reais
Apesar do envolvimento dos ex-detentos, Vera Egito ressaltou que o elenco principal e a produção não mantiveram contato com os condenados reais retratados na série. “Zero envolvimento. Nunca falei com nenhuma dessas pessoas”, afirmou a roteirista, garantindo que a dramatização permanece à parte das vivências dos indivíduos que inspiraram a trama.
Referências literárias
A narrativa de Tremembé é baseada em dois livros-reportagens do jornalista Ullisses Campbell: “Suzane: Assassina e Manipuladora” (2020) e “Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido” (2021). Essas obras resultam de anos de investigação e entrevistas realizadas dentro e fora da penitenciária, oferecendo um contexto aprofundado para a série.
A produção de Tremembé, portanto, se destaca não apenas por sua narrativa dramática, mas também pela forma como oferece oportunidades a ex-detentos, buscando refletir a complexidade do sistema penal brasileiro.