Investigação revela padrão de crimes cometidos contra adolescentes.
Gabriel de Sá Campos, ex-líder religioso, é preso por abusos sexuais contra adolescentes. Investigação aponta padrão de crimes em série.
Gabriel de Sá Campos, ex-líder da Igreja Batista Filadélfia, foi preso sob a grave acusação de abusos sexuais contra adolescentes, configurando-se como um estuprador em série. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trata o caso com seriedade, uma vez que já existem relatos de pelo menos quatro vítimas menores de idade. Os investigadores acreditam que mais denúncias podem surgir à medida que a apuração avança.
O contexto do caso
A atuação de Gabriel na igreja era marcada por um cargo de destaque, onde ele mantinha contato frequente com adolescentes. Segundo a investigação, ele utilizava sua posição de liderança para criar vínculos de confiança com os jovens, antes de perpetrar os abusos. O delegado-chefe Herbert Léda destacou que a natureza repetitiva dos crimes levou a polícia a classificá-lo como um “serial estuprador”, já que ele cometeu os abusos seguindo um padrão específico de comportamento.
Entre os relatos, um dos episódios ocorreu durante uma atividade recreativa na própria igreja, que foi apresentada como um encontro amigável, semelhante a uma festa do pijama. Em outras ocasiões, Gabriel convidava os adolescentes para assistir a filmes em sua residência, aproveitando-se da presença de sua esposa em outro ambiente para cometer os atos ilícitos, ignorando os pedidos de ajuda das vítimas que se sentiam desconfortáveis.
Detalhes das investigações
As investigações revelaram um padrão alarmante de violência sexual, afetando principalmente vítimas do sexo masculino. Os depoimentos indicam que os abusos começaram na infância e continuaram por anos, com relatos de crianças de 10 a 12 anos e adolescentes que sofreram abusos recorrentes entre os 13 e 17 anos. Os crimes teriam ocorrido a partir de 2019, e a polícia continua a reunir provas e depoimentos para esclarecer completamente a magnitude dos abusos.
Diante da gravidade das acusações, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou a prisão temporária de Gabriel por 30 dias, com possibilidade de prorrogação, enquanto as investigações prosseguem. As autoridades estão atentas à possibilidade de surgimento de novas vítimas e reforçam o apelo para que outros possíveis afetados procurem a polícia.
Reação da Igreja Batista Filadélfia
A Igreja Batista Filadélfia, por sua vez, emitiu uma nota informando que Gabriel não estava atuando na instituição em 2025, embora tenha exercido funções voluntárias anteriormente. Em nota, a igreja enfatizou que a relação de parentesco entre Gabriel e o pastor presidente não interferiu nas medidas disciplinares e que a instituição está colaborando com as investigações.
A comunidade religiosa se mostra preocupada com a situação e a igreja reafirma seu compromisso com a proteção dos menores e a veracidade das informações, ressaltando que o sigilo das investigações impede a divulgação de detalhes adicionais neste momento.
O caso de Gabriel de Sá Campos é um alerta sobre a importância da vigilância em ambientes que deveriam ser seguros e a necessidade de proteger as vítimas de abusos. As investigações continuarão a buscar justiça e a garantir que todos os responsáveis sejam responsabilizados por suas ações.
Fonte: baccinoticias.com.br



