Ex-presidente da Petrobras refuta interferência de Lula na exploração

Lula Marques/Agência Brasil

Jean Paul Prates defende a responsabilidade na exploração da Foz do Amazonas

Prates defende que a exploração na Foz do Amazonas é responsável e não uma moeda de troca política.

Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, afirmou nesta terça-feira (21/10) que a exploração na Foz do Amazonas é uma ação responsável e não deve ser vista como uma moeda de troca política. A declaração veio em resposta às críticas de que a aprovação da perfuração seria um aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Prates destacou a complexidade do processo, afirmando que não faz sentido reduzir uma questão tão técnica a um mero agradar político. A Petrobras recebeu autorização do Ibama para iniciar a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado na foz do Rio Amazonas. A autorização era um pedido antigo de Alcolumbre, que celebrou a decisão, afirmando que o Brasil pode explorar suas riquezas de forma responsável.

A discussão sobre exploração e sustentabilidade

O ex-presidente também ressaltou a importância de debater se a exploração representa uma contradição, especialmente com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Ele defendeu que a exploração pode coexistir com a sustentabilidade e que o Brasil não deve ser visto como um país sem moral na COP. Para Prates, o Brasil tem credenciais sólidas em sustentabilidade, produzindo petróleo descarbonizado.

Oportunidades para comunidades locais

Prates argumentou que a exploração pode beneficiar as comunidades que receberão royalties, melhorando suas condições de vida. Ele concluiu que o país não perde seu status de liderança em sustentabilidade ao continuar com a exploração. Em sua visão, a discussão deve ser centrada nos riscos e nas necessidades da exploração, sempre buscando um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

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