Ex-presidente hondurenho agradece a Deus e Trump por perdão judicial

Juan Orlando Hernandez/Reuters

Juan Orlando Hernández celebra sua liberdade após perdão de condenação por tráfico de drogas

Juan Orlando Hernández expressa gratidão a Deus e Trump após seu perdão por tráfico de drogas.

Agradecimento a Deus e Trump marca novo capítulo na vida de Hernández

Juan Orlando Hernández, ex-presidente de Honduras, recentemente se manifestou em um vídeo emocionante, agradecendo a Deus e a Donald Trump por sua liberdade após o perdão judicial concedido pelo ex-presidente dos EUA. Em suas palavras, Hernández expressou que o perdão o fez sentir-se “um homem livre” e que sua vida foi mudada para sempre por essa intervenção. Ele afirmou em espanhol: “Gracias a ti, Señor, hoy soy un hombre libre”.

Hernández, que foi condenado a uma pena de 45 anos de prisão por tráfico de drogas, destacou que a ajuda de Trump foi fundamental em um momento que descreveu como injusto. No vídeo, ele fez questão de transparecer sua fé, afirmando que nunca perdeu a esperança durante sua prisão. O ex-presidente hondurenho se vê como uma vítima de uma “perseguição política” orquestrada pelas autoridades americanas.

Conexões Políticas e Implicações das Acusações

As alegações de Hernández sobre sua prisão giram em torno de um suposto esquema criado pela administração de Joe Biden e outros que, segundo ele, estavam preocupados com suas políticas de combate ao crime organizado em Honduras. Durante seu discurso, ele declarou: “Quiseram assassinar minha moral, apagar meu nome e manchar meu legado”, referindo-se ao que considera uma tentativa de removê-lo do poder.

O ex-presidente, que ocupou o cargo de 2014 a 2022, foi extraditado para os Estados Unidos em 2022, onde foi julgado e condenado por acusações ligadas ao narcotráfico. A sua condenação incluiu provas de que recebeu um milhão de dólares de Joaquín “El Chapo” Guzmán, o infame líder do cartel mexicano, e que seu governo facilitou o tráfico de drogas através da Honduras.

Repercussões do Perdão de Trump

O perdão de Donald Trump ainda gera controvérsias e críticas, especialmente por ocorrer no contexto da política norte-americana relacionada à guerra contra as drogas. O senador Chris Coons, do Delaware, criticou a decisão, afirmando que enviar um sinal de clemência a alguém com tais acusações é um passo na direção errada. A ação de Trump foi vista como um golpe em suas tentativas de mostrar que a administração dos Estados Unidos leva a sério a luta contra o narcotráfico.

Além disso, a política de Trump em relação a Honduras continua a ser um ponto de discórdia. Durante as eleições presidenciais hondurenhas, Trump fez campanha em favor de um aliado de Hernández, afirmando que a vitória de Nasry “Tito” Asfura era crucial para a continuidade da ajuda americana ao país. Tal envolvimento gerou críticas de opositores, que alegaram que afetou negativamente suas chances de vitória.

Um futuro incerto

Hernández, agora livre, expressou sua determinação em continuar a lutar pela verdade e por sua reputação, prometendo que “a verdade pode ser silenciada, mas nunca apagada”. Ele limitou os comentários em sua postagem nas redes sociais, permitindo apenas reações de aliados próximos, uma estratégia que levanta questões sobre como ele pretende conduzir sua comunicação pública daqui para frente.

Com a liberação de Hernández, o cenário político em Honduras e a relação entre os dois países permanecem fluidos, deixando muitos questionando qual será o próximo passo para o ex-presidente e como isso poderá impactar as relações bilaterais nas áreas de segurança e combate ao tráfico de drogas.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Juan Orlando Hernandez/Reuters

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