Caso levanta questões sobre abusos contra palestinos
Yifat Tomer-Yerushalmi foi presa após admitir que autorizou o vazamento de vídeo mostrando tortura a palestino.
Em 3 de novembro de 2025, Yifat Tomer-Yerushalmi, ex-procuradora-geral do Exército de Israel, foi presa após admitir que autorizou o vazamento de um vídeo que mostra soldados israelenses supostamente torturando um preso palestino. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, confirmou a detenção da ex-procuradora, que ocorreu três dias após sua demissão, anunciada em 31 de outubro.
O caso de tortura e suas repercussões
O incidente que levou à prisão de Tomer-Yerushalmi remonta a 5 de julho de 2024, quando cinco reservistas da prisão militar de Sde Teiman torturaram um detento palestino. Os ferimentos do preso foram severos, incluindo costelas quebradas e perfuração no pulmão. A divulgação do vídeo provocou reações intensas, gerando protestos e confrontos em bases militares, além de críticas ao sistema jurídico militar.
A defesa da ex-procuradora
Em sua carta de renúncia, Yifat afirmou que o vazamento do vídeo foi uma tentativa de proteger a credibilidade do departamento jurídico militar, que vinha sendo alvo de críticas. Apesar disso, o escândalo gerou um movimento contra punições aos soldados envolvidos, com advogados pedindo o arquivamento do processo judicial.
Investigação em andamento
As investigações sobre o caso continuam, com Yifat enfrentando acusações de fraude e abuso de poder, além de seu ex-colega, coronel Matan Solomesh, também ter sido preso. O governo de Netanyahu pediu uma investigação independente, considerando os danos à imagem de Israel.
Contexto internacional
Organizações internacionais, incluindo a ONU, apontam que o caso de Tomer-Yerushalmi não é isolado, destacando denúncias de tortura e detenções secretas de palestinos, especialmente após os ataques de 7 de outubro. O Exército israelense nega a prática sistemática de abusos, mas investigações sobre as alegações estão em andamento.