O Secretário das Cidades, Guto Silva, afirmou no podcast do Folha de Curitiba que infraestrutura não é apenas obra, é transformação social. Em conversa marcada por dados impactantes, ele explicou como o maior programa de urbanização da história do Paraná está ressignificando bairros inteiros. Ruas pavimentadas, calçadas acessíveis e iluminação de LED estão mudando a rotina de milhares de famílias. Quando a cidade melhora, tudo muda. Melhora a autoestima, melhora a saúde, melhora a segurança. Segundo ele, cada rua asfaltada é uma página virada de desigualdade.

Entre os destaques, Guto mostrou como políticas públicas simples podem gerar efeitos profundos. A pavimentação aliada à iluminação adequada chega a reduzir em até 40% os índices de criminalidade, de acordo com estudos da Segurança Pública. É o efeito dominó da boa gestão: o bairro ilumina, a criminalidade recua, a sensação de pertencimento cresce. A teoria da visão quebrada agora ganha força em solo paranaense. Quando o ambiente se organiza, o comportamento acompanha. É a cidade dizendo para o cidadão que ele importa.

O secretário também revelou um dos projetos mais ousados da nova fase da segurança no Paraná: o Olho Vivo, sistema que utiliza inteligência artificial para identificar padrões suspeitos antes que o crime aconteça. Não se trata de muralha digital, mas de prevenção inteligente. A tecnologia lê objetos, comportamento, deslocamentos e alerta as forças policiais de forma imediata. É a segurança pública entrando na era da predição. É a polícia ganhando olhos que não piscam.
Outro ponto marcante da conversa foi o olhar social para os desafios que se aproximam. Guto Silva destacou que o Paraná enfrentará, muito em breve, uma mudança demográfica decisiva: em 2027, haverá mais idosos do que jovens.

Diante disso, o programa Casa Fácil ganha uma nova versão voltada à terceira idade, permitindo que pessoas acima de 60 anos conquistem a casa própria com subsídio maior. Ele também chamou atenção para um tema sensível e urgente: o cuidado com a população idosa e com pessoas que vivem em situação de rua. Os idosos estão chorando baixinho, disse ele, reforçando que o Estado precisa agir antes que o problema se torne invisível. É o Paraná que cresce olhando para frente, mas sem esquecer quem está ficando para trás.