Governo Lula revisa projeções de déficit devido a despesas das estatais
Governo revisa projeção de déficit fiscal de 2025 para R$ 34,2 bilhões, exigindo contingenciamento.
Aumento na projeção do déficit fiscal de 2025
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (21/11), uma revisão na estimativa do déficit fiscal para 2025, agora fixada em R$ 34,2 bilhões. A previsão anterior era de R$ 30,2 bilhões, refletindo um aumento significativo que requer atenção. Essa elevação se deve, em grande parte, ao impacto do Programa de Dispêndios Globais (PDG), que considera as despesas das estatais no cálculo do déficit.
Implicações da nova projeção
Sem a inclusão do PDG, o déficit projetado ficaria em R$ 31,2 bilhões, ainda assim superior à estimativa anterior. A meta do governo para este ano visa um déficit zero, com margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a cerca de R$ 31 bilhões. Diante da nova expectativa de R$ 34,2 bilhões, a administração precisará implementar um contingenciamento de R$ 3,3 bilhões para ajustar as contas.
Detalhes do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas
Essas informações foram apresentadas no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 5º bimestre, um documento essencial que analisa a evolução das receitas e despesas primárias do governo central. O déficit fiscal é uma situação em que as despesas superam as receitas, enquanto o superávit ocorre quando o oposto é verdadeiro.
Metas orçamentárias para 2026 a 2028
De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, o governo prevê superávits fiscais para os anos seguintes, com projeções de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões) em 2026, 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões) em 2027 e 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões) em 2028. Essas metas refletem um esforço para equilibrar as contas públicas no longo prazo.
Análise das receitas e despesas
No que diz respeito à receita primária total do governo, houve uma leve queda, passando de R$ 2,924 trilhões para R$ 2,922 trilhões. Em contrapartida, as despesas tiveram um pequeno aumento, subindo de R$ 2,417 trilhões para R$ 2,418 trilhões, com um acréscimo de cerca de R$ 1,293 bilhão. Essa dinâmica exige uma análise cuidadosa para garantir a sustentabilidade fiscal do país.
O cenário fiscal brasileiro está em constante monitoramento, e as autoridades econômicas devem ficar atentas às variações nas receitas e despesas para evitar desequilíbrios futuros. O compromisso do governo em ajustar as contas públicas será crucial para a recuperação econômica e o fortalecimento das finanças do Estado.