Expectativas moderadas para acordo entre Trump e Xi

Ng Han Guan/AP

Aquecimento da rivalidade EUA-China deve persistir após encontro

Trump e Xi se encontram em Gyeongju, mas acordos podem não resolver tensões entre EUA e China.

Em Gyeongju, Coreia do Sul, nesta quinta-feira, Donald Trump e Xi Jinping se encontram pela primeira vez desde 2019, com a expectativa de que um acordo possa reduzir a rivalidade entre os EUA e a China. No entanto, especialistas advertem que as esperanças são modestas quanto à efetividade do acordo em resolver as múltiplas contendas entre as duas maiores economias do mundo.

Contexto da rivalidade EUA-China

As negociações previstas focam em evitar futuras escaladas nas tensões, em vez de reverter a guerra comercial iniciada durante o primeiro mandato de Trump, que se intensificou neste ano. A proposta inclui medidas relacionadas a controles de exportação de terras raras, que a China pretende implementar a partir de 1º de dezembro. Apesar das discussões, analistas como Deborah Elms, da Hinrich Foundation, expressam ceticismo sobre a possibilidade de uma verdadeira desescalada nas tensões econômicas.

Detalhes do encontro e expectativas

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, comentou que espera que a China adie suas restrições sobre terras raras e que a tarifa de 100% sobre produtos chineses esteja “efetivamente fora da mesa”. O acordo pode incluir aumentos nas compras de soja dos EUA e a cooperação para combater o tráfico de produtos químicos usados na fabricação de fentanil. Contudo, as tarifas existentes, que superam 55% na média sobre produtos chineses, permanecem em vigor, assim como as sanções e controles de exportação que complicam o comércio.

Futuro das relações comerciais

Desde que Trump reassumiu a presidência, o comércio entre os EUA e a China caiu drasticamente, com uma redução de 27% nas exportações chinesas para os EUA em setembro. Especialistas como Wang Wen, da Renmin University, preveem que as tensões continuarão a crescer, com a força econômica da China aumentando e desafiando a hegemonia americana. Embora haja uma expectativa de que o acordo possa reduzir os riscos de uma crise imediata, a rivalidade fundamental entre os dois países se mantém.

Conclusão

Enquanto Trump e Xi se preparam para discutir o futuro das relações bilaterais, é claro que, independentemente dos resultados, as dificuldades econômicas e políticas entre os EUA e a China estão longe de ser resolvidas. A expectativa é de que as tensões persistam, mesmo que um acordo seja alcançado.

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