Analistas projetam desempenho positivo para o setor de construção em 2025
Analistas esperam resultados sólidos para construtoras no 3T25, com destaque para Direcional e Cury.
Expectativas para as construtoras no 3T25
A temporada de divulgação dos resultados do terceiro trimestre (3T25) está a todo vapor, com empresas de diversos setores apresentando lucros e receitas recordes. Neste contexto, analistas esperam um desempenho positivo para as construtoras no 3T25, especialmente aquelas listadas em bolsa, que divulgarão seus números nas próximas semanas.
Para este período, o BTG Pactual prevê um desempenho “sólido” das incorporadoras, impulsionado por lançamentos e vendas fortes, particularmente no segmento de baixa renda. Esse setor, favorecido pelas condições do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), deve se destacar. O banco aponta que, com as melhorias nas condições de financiamento, as empresas têm ganhado participação de mercado.
Projeções de desempenho das construtoras
O BTG projeta um aumento de 21% na receita líquida e 23% nos lucros das incorporadoras. Em relação ao segmento de média e alta renda, as vendas têm se mostrado resilientes, o que é uma surpresa considerando os juros ainda altos. Para essas construtoras, o banco estima uma margem bruta média de 36% e um crescimento de 4% no lucro por ação (LPA), com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 14%.
Entre as empresas específicas, a Direcional (DIRR3) é vista como destaque positivo no setor de baixa renda, com uma previsão de alta anual de 36% no LPA. O banco espera que a companhia divulgue resultados na próxima quarta-feira (12), com receita líquida estimada em R$ 1,16 bilhão, um crescimento de 28% em relação ao mesmo período de 2024.
O Safra também tem uma visão otimista e acredita que a Direcional se destacará, com lançamentos e vendas trimestrais crescendo 11% no último ano.
Expectativas para Cury e outros players
Além da Direcional, o Safra destaca a Cury (CURY3) como uma empresa que deve entregar resultados robustos, com margens brutas recordes e um avanço previsto de 45% no lucro líquido. O BTG projeta que a Cury terá uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão, alta anual de 32%, e lucro de R$ 244 milhões, representando um avanço de 43% na comparação anual, acompanhada de um ROE robusto de 62%.
O Santander também espera um crescimento expressivo de 42,5% no lucro líquido da Cury, sustentado por uma margem bruta de 39,7%, resultado da eficiência de custos e reajustes contínuos de preços. O banco projeta uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão, conforme previsão do BTG.
Destaques no segmento de média e alta renda
No segmento de média e alta renda, há consenso entre instituições como Santander, BTG e Safra sobre os destaques: Eztec (EZTC3) e Moura Dubeux (MDNE3). A Eztec deve apresentar um crescimento de 36% no lucro líquido, impulsionado por ganhos de eficiência e cortes de custos em projetos concluídos no trimestre. O BTG espera uma geração de caixa de aproximadamente R$ 50 milhões para a Eztec, com um ROE anualizado de 14%.
Em relação à Moura Dubeux, o Santander prevê uma alta de 28,1% no lucro líquido e uma expansão de 4,89 pontos percentuais na margem bruta, fruto de menores custos de terrenos. O Safra estima um ROE de 25% para a Moura, três pontos percentuais acima do registrado há um ano, após um forte desempenho de vendas na divisão de condomínios.
Com essas previsões, o cenário para as construtoras no 3T25 parece promissor, refletindo a adaptação do setor às condições econômicas atuais e a resiliência das vendas de imóveis.
Fonte: www.moneytimes.com.br