Astrônomos observam o maior evento já registrado no universo
Cientistas descobriram a maior explosão já registrada, proveniente de um buraco negro supermassivo.
Em 8 de novembro de 2023, astrônomos descobriram a maior explosão já registrada no universo, causada por um buraco negro supermassivo a 10 bilhões de anos-luz da Terra. Este fenômeno, apelidado de “Super-Homem”, liberou uma luminosidade equivalente a 10 trilhões de sóis, resultado da destruição de uma estrela com pelo menos 30 vezes a massa do Sol.
A detecção ocorreu em novembro de 2018, no Observatório Palomar, na Califórnia, pelo Zwicky Transient Facility. Inicialmente classificado como um objeto variável, o fenômeno apresentou variações significativas em luminosidade ao longo de cinco anos, corroboradas por observações com telescópios de alta resolução, como o Keck.
Números e indicadores do caso
- Estrela destruída: Mínimo de 30 massas solares
- Luminosidade: 10 trilhões de sóis
- Massa do buraco negro: 500 milhões de massas solares
- Distância: 10 bilhões de anos-luz
- Duração da observação: 7 anos, sendo 2 anos em tempo real
O estudo revelou que o buraco negro atraiu a estrela para uma órbita próxima, onde sua gravidade a despedaçou. Os remanescentes da estrela formaram um disco de acreção ao redor do buraco negro, gerando radiação intensa em múltiplos espectros. A possibilidade de uma supernova foi descartada, e a destruição foi atribuída a forças de maré.
A explosão continua ativa após sete anos e, com a expansão do tempo cósmico, a velocidade aparente do evento foi reduzida. Este fenômeno mantém uma atividade contínua de consumo estelar, com o buraco negro processando lentamente os materiais restantes.
Implicações e descobertas
A pesquisa não apenas destaca a rareza desse evento, mas também sugere a presença de uma população desconhecida de estrelas O e B em regiões de alta gravidade, que normalmente evitam esses ambientes. O evento superou o recorde anterior estabelecido por um fenômeno em 2020, que envolveu uma estrela de 3 a 10 massas solares.
A nova descoberta desafia os modelos atuais de interação entre estrelas e buracos negros, sendo classificada como um caso excepcional na categoria de núcleos ativos, com uma raridade que explica as dificuldades na detecção prévia. O Vera C. Rubin Observatory, programado para entrar em operação em 2025, promete melhorar a capacidade de detecção de eventos semelhantes, permitindo um maior entendimento sobre a dinâmica dos buracos negros e suas interações com o ambiente estelar ao redor.
Fonte: www.mixvale.com.br
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