Explosão em Quatro Barras: Mil Vestígios e Nove Vítimas em Análise

Investigadores da Polícia Científica e do Corpo de Bombeiros Militar estão analisando cerca de mil vestígios encontrados no local da explosão que atingiu a fábrica Enaex Brasil, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. O incidente, ocorrido na última terça-feira (12), resultou em nove vítimas.

O material catalogado está sendo submetido a análises laboratoriais no estado, com o objetivo de identificar as vítimas. Os perfis de DNA dos familiares já foram inseridos no sistema para auxiliar no processo.

Todos os vestígios coletados na área da explosão foram encaminhados à Polícia Científica. A expectativa é que a análise leve pelo menos mais dez dias para ser concluída e gerar os atestados de óbito. A área permanece isolada para garantir a integridade do processo investigativo. A Polícia Militar do Paraná (PMPR) é responsável pelo monitoramento do local durante o isolamento.

Segundo informações, a próxima etapa da avaliação será conduzida pela Delegacia de Quatro Barras, responsável pelo inquérito do acidente. A delegada responsável pelo caso irá avaliar a necessidade de continuidade das buscas. A polícia já solicitou informações à empresa e ouviu testemunhas sobre o funcionamento diário da fábrica. A expectativa é que o inquérito seja concluído em até 60 dias.

A Polícia Científica realizou a triagem dos vestígios encontrados no local, e o material coletado está passando por análises de DNA, etapa considerada fundamental para a identificação das vítimas. Os laboratórios do Estado estão trabalhando intensamente para atender à demanda.

Uma reunião está prevista para ocorrer com as famílias das vítimas, com a presença da Defensoria Pública do Paraná, para orientá-las sobre seus direitos. Profissionais do Programa Prumos, de apoio psicossocial da Sesp, também participarão do encontro.

Os trabalhos de busca foram iniciados pelo Corpo de Bombeiros, em conjunto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da PM, que realizou uma varredura com o Esquadrão Antibombas. A cratera aberta pela explosão concentrou a maior parte dos trabalhos, que contaram com o apoio de cães farejadores do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).

A Polícia Civil do Paraná colheu depoimentos de sobreviventes e de funcionários que atuaram nos turnos anteriores ao acidente. As imagens captadas pelo circuito interno de monitoramento da empresa e os depoimentos estão sendo usados para entender os momentos que antecederam a explosão. A Polícia Civil também solicitou à Enaex um relatório técnico detalhado com informações sobre os materiais utilizados no processo de produção e os protocolos de armazenamento.

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