Apagão na AWS atinge empresas em todo o mundo e reacende debate sobre dependência de provedores únicos; CTO da Opus Tech aponta caminhos para garantir resiliência e continuidade operacional
O mundo corporativo amanheceu em alerta nesta segunda-feira (20) após uma falha atingir os servidores da Amazon, afetando plataformas de streaming, assistentes de voz, aplicativos financeiros e sistemas de empresas de diferentes portes em vários países. O problema, originado na região norte-americana US-East-1, uma das principais zonas de disponibilidade da Amazon, derrubou serviços por horas e expôs o grau de dependência que o mercado tem das grandes provedoras de nuvem pública.
Segundo o CTO da Opus Tech, Ângelo Sossela, o episódio é um alerta importante para empresas de todos os setores. “Quando um único ponto de falha é capaz de comprometer operações globais, precisamos repensar o modelo de dependência tecnológica. O que aconteceu mostra que mesmo os maiores players do mundo estão sujeitos a interrupções, e a única forma de mitigar riscos é investir em arquitetura resiliente e planejamento de contingência”, afirma.
Especializada em soluções de cloud service, infraestrutura e cibersegurança, a Opus Tech vem reforçando junto a seus clientes a importância da gestão de TI olhar para todas as camadas de proteção, empregando redundâncias como contingências para evitar paralisações prolongadas ou mesmo duradouras, além da governança contínua de dados como pilares para manter a estabilidade dos negócios em momentos críticos. “Mesmo para ambientes em nuvem, é preciso ter à disposição contingências que permitam a rápida substituição de recursos e apontamentos para manter a disponibilidade dos sistemas e dos dados da empresa, como as que oferecemos para todos os nossos clientes”, complementa Sossela.
Entre as principais medidas recomendadas pela empresa para prevenir danos diante de incidentes como o da AWS estão:
- Planejamento de continuidade e recuperação (Disaster Recovery): simulações regulares de contingência, com planos de failover automatizados entre diferentes regiões e provedores.
- Arquitetura de infraestrutura distribuída e com camadas de contingências para rápido espelhamento e/ou restauração.
- Monitoramento em tempo real: uso de ferramentas de observabilidade e alertas proativos que identificam gargalos antes de se tornarem falhas.
- Backups geograficamente distribuídos: cópias de segurança em locais fisicamente distintos, reduzindo o impacto de interrupções regionais.
- Governança e compliance: definição clara de responsabilidades, rastreabilidade de incidentes e comunicação estruturada em caso de crises.
“A infraestrutura digital se tornou o coração das empresas, e qualquer parada pode significar prejuízo financeiro, perda de reputação e quebra de confiança do consumidor. Nossa missão na Opus Tech é oferecer um ecossistema de tecnologia que minimize esses riscos e mantenha os negócios operando de forma ininterrupta”, reforça o CTO.
A empresa possui operações de Data Center espalhadas entre Curitiba, São Paulo e Miami, com replicações que garantem com segurança e previsibilidade a rápida substituição de uma estrutura por outra, minimizando impactos e perdas para as empresas e usuários.
O apagão da Amazon ocorre em um momento em que o mercado global de cloud computing ultrapassa US$600 bilhões, segundo dados da Gartner, e deve continuar crescendo a taxas acima de 20% ao ano. Para Ângelo Sossela, isso exige um novo olhar sobre responsabilidade digital: “A tecnologia é o motor da inovação, mas também uma infraestrutura crítica. É hora de as empresas tratarem a nuvem com o mesmo rigor que tratam energia elétrica ou segurança física: com planejamento, redundância e gestão constante”.