Governador do Rio de Janeiro confirma problemas com 32 câmeras durante operação nos complexos da Penha e do Alemão
Cláudio Castro admite falha técnica em 32 câmeras durante megaoperação no Rio de Janeiro.
Falha técnica em câmeras durante megaoperação no Rio de Janeiro
Em uma revelação recente, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, admitiu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que 32 câmeras corporais ficaram inoperantes durante a megaoperação “Contenção”, realizada nos complexos da Penha e do Alemão no dia 28 de outubro. Essa informação foi divulgada em um documento acessado pela CNN Brasil, que traz detalhes da operação e das dificuldades enfrentadas.
Problemas na retirada dos equipamentos
No relatório enviado ao STF, no âmbito da ADPF 635, Castro mencionou que diversos servidores relataram dificuldades na retirada dos equipamentos no início da operação. Após um chamado técnico, a empresa responsável constatou uma falha em uma das estações de carregamento, o que resultou na inoperância de 32 câmeras. Dessa forma, apenas 60 policiais civis estavam efetivamente equipados com câmeras, e quase metade delas não funcionou durante a ação.
Imagens preservadas
Apesar da falha técnica, o governo do Rio de Janeiro assegurou que as imagens registradas pelas câmeras que estavam em uso durante a operação foram devidamente preservadas. Segundo o documento, todas as gravações da Polícia Civil foram classificadas no modo “evidência” para armazenamento integral, conforme o período contratual. Essa medida visa garantir que as informações sejam mantidas de forma segura e acessível para eventuais investigações futuras.
Divergências nas informações
As informações prestadas por Castro ao STF divergem da primeira comunicação, onde o governo havia afirmado que todos os policiais envolvidos na megaoperação estavam equipados com câmeras corporais. Dados do Ministério Público indicaram que menos da metade dos agentes das principais forças de elite registrou a ação: no BOPE, foram utilizadas 77 câmeras para um efetivo de 215 policiais, enquanto na CORE, 57 câmeras estavam disponíveis para 128 agentes. Essas inconsistências levantam questões sobre a eficácia e a transparência da operação.
A megaoperação “Contenção”
A megaoperação policial “Contenção” foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha, envolvendo cerca de 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar. A ação resultou em um saldo trágico de 121 mortos. O governo do Rio de Janeiro afirmou, em comunicado recente, que nenhum dos falecidos estava na lista de réus com mandados de prisão preventiva, o que levanta ainda mais preocupações sobre a condução da operação e os critérios utilizados para a intervenção policial.
Conclusão
A identificação da falha técnica nas câmeras corporais durante a megaoperação “Contenção” traz à tona questões críticas sobre a preparação e a execução de operações policiais no estado do Rio de Janeiro. A necessidade de equipamentos funcionais e a transparência nas ações policiais são essenciais para garantir a segurança e a confiança da população nas forças de segurança pública.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br