Indivíduo conhecido como Pai Hugo de Oxalá movimentou mais de R$ 376 mil com promessas religiosas falsas.
Pai Hugo de Oxalá, preso pela Polícia Civil, liderava esquema de estelionato religioso e movimentou R$ 376 mil.
Na última semana, a Polícia Civil prendeu em São Paulo o indiciado conhecido como Pai Hugo de Oxalá, um homem suspeito de liderar um esquema de estelionato religioso. O investigado movimentou mais de R$ 376 mil em golpes, e sua prisão marca um passo importante no combate a fraudes que exploram a fé das pessoas.
Vítimas
Entre as vítimas, uma mulher reportou ter perdido cerca de R$ 184 mil, induzida a fazer várias transferências bancárias sob promessas e ameaças. O grupo usava perfis nas redes sociais para atrair pessoas, oferecendo soluções milagrosas para problemas pessoais. A credibilidade do esquema era reforçada por depoimentos de supostos clientes satisfeitos, muitos deles influenciadores digitais.
Organização criminosa
De acordo com as investigações, os suspeitos dificultavam o rastreamento do dinheiro, recebendo valores em diversas contas distintas. Todas as pessoas envolvidas na organização criminosa tinham um papel definido e recebiam uma porcentagem do lucro obtido ilicitamente. A ação da Polícia Civil visa desarticular essa rede que se aproveita da fragilidade emocional de suas vítimas.
O “Rei da Amarração”
Hugo Rafael, como é conhecido, tem um perfil com mais de 55 mil seguidores no Instagram, onde se apresenta como o “Rei da Amarração”. Em vídeos, ele afirma ter mais de vinte anos de experiência como pai de santo, oferecendo serviços de amarração amorosa e limpeza espiritual. Contudo, segundo a delegada Luciane Bertoletti, ainda não há provas de que ele possua um terreiro, o que impede sua classificação como líder religioso. Hugo deverá responder pelos crimes de estelionato, extorsão e associação criminosa.