Decisão da Justiça gera protestos e busca por justiça pelas famílias dos jovens

Decisão da Justiça que absolveu réus no caso do incêndio no Ninho do Urubu gera protestos.

As famílias dos dez jogadores da base do Flamengo que morreram no incêndio do Ninho do Urubu, em 2019, repudiaram a decisão da 36ª Vara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) pela absolvição dos sete réus envolvidos no caso. A Associação dos Familiares de Vítimas do Incêndio do Ninho do Urubu (Afavinu) se posicionou, afirmando que seguirá “em busca de justiça”.

Reação da Afavinu

“Entendemos que o papel da Justiça não se limita à aplicação da lei em casos individuais, mas exerce uma função pedagógica essencial na prevenção de novos episódios semelhantes. Não cumprir essa função configura, para nós, grave afronta à memória das vítimas e ao sentimento de toda a sociedade”, diz o comunicado da Afavinu. A associação reforçou que a vida dos jovens tem um valor irreparável e que lutará por uma justiça efetiva.

A decisão e suas implicações

O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que vai recorrer da decisão judicial assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros. Inicialmente, o caso contava com 11 denunciados, mas alguns, como o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, foram retirados da lista por questões de prescrição. A absolvição dos acusados renova o sentimento de impunidade e fragiliza o mecanismo de proteção à vida dos menores em entidades esportivas.

Lembrança das vítimas

As vítimas do incêndio, que ocorreu em 8 de fevereiro de 2019, incluíam jovens entre 14 e 16 anos que sonhavam em se tornar jogadores de futebol. A tragédia expôs falhas de segurança e a precariedade das condições em que os jovens viviam. A Afavinu pediu que a sociedade não permita que essa decisão se transforme em um precedente de negligência com a segurança das crianças e adolescentes.

A luta por justiça

A associação fará um apelo para que a paixão pelo futebol se traduza em compromisso com a vida e a segurança dos jovens atletas. A memória dos garotos que perderam suas vidas deve ser honrada com ações concretas que impeçam novas tragédias. A Afavinu continuará buscando justiça e exige que medidas de segurança sejam implementadas para proteger futuros atletas.