A animação “Guerreiras do K-Pop” da Netflix está conquistando o público jovem, caminhando para se tornar um dos filmes mais assistidos da plataforma. Lori Anne Porter, de 11 anos, é uma das muitas fãs que assistem ao filme repetidamente, estimando já ter visto mais de 50 vezes. Ela compartilhou a experiência de apresentar o filme aos amigos de sua irmã em uma festa do pijama, convertendo-os em admiradores.
Mas o que torna “Guerreiras do K-Pop” tão atraente para as crianças? Para entender o fenômeno, mergulhamos no universo do filme através dos olhos de seus jovens espectadores.
Mia Cast, de 10 anos, explica a premissa: um grupo de K-pop chamado Huntr/x, visto pelo mundo como estrelas da música, secretamente luta contra demônios cantando músicas que fortalecem o Honmoon, um escudo que protege a humanidade. Um grupo de demônios decide então criar um grupo de K-pop rival, o Saja Boys, para roubar os fãs e devorar suas almas. Serena Phan, de 7 anos, resume a trama como uma batalha entre caçadores e demônios, com um toque de tristeza e complexidade.
As crianças entrevistadas enfatizam que “Guerreiras do K-Pop” vai além de uma simples história de bem contra o mal. Zuri Reid, de 10 anos, destaca que o filme explora temas de identidade e autoaceitação, transmitindo a mensagem de que é importante ser autêntico.
Apesar da presença de demônios e batalhas, as crianças elogiam o enredo e o desenvolvimento dos personagens. Deanna Iphill, de 12 anos, expressa o carinho pelos vilões, lamentando o destino dos Saja Boys no final do filme. Há um desejo geral de ver mais demônios nas futuras sequências, mas de uma forma mais amigável, não focada na destruição.
Segundo as crianças, o diferencial de “Guerreiras do K-Pop” está em sua singularidade. Blaze Soule, de 8 anos, que já assistiu ao filme quatro vezes, o descreve como viciante. Zuri Reid o considera um “musical moderno”, que se destaca dos musicais tradicionais da Disney. Henna MacLean, de 10 anos, ressalta a combinação inusitada de K-pop e elementos demoníacos. Sienna Kwartowitz, de 8 anos, aprecia a presença de “um pouquinho de violência”, o que o torna mais atraente.
A trilha sonora do filme também é um grande atrativo, com músicas alcançando o topo das paradas da Billboard. As crianças entrevistadas demonstram conhecer as letras e coreografias, e o filme gerou uma cultura de piadas internas e referências entre os fãs.