Ex-piloto da F1 busca reverter resultado do campeonato de 2008
Felipe Massa reivindica R$ 128,4 milhões por perdas na F1 devido ao Crashgate de 2008.
Na última quinta-feira (26), Felipe Massa deu início a um processo na Justiça britânica, reivindicando R$ 128,4 milhões devido a danos financeiros relacionados ao famoso escândalo do “Crashgate” na Fórmula 1, que ocorreu em 2008. O ex-piloto brasileiro argumenta que a FIA e Bernie Ecclestone falharam em investigar as manobras deliberadas que prejudicaram sua corrida no Grande Prêmio de Cingapura. Massa, que perdeu o título mundial por apenas um ponto para Lewis Hamilton, afirma que deveria ser considerado o verdadeiro campeão daquela temporada.
O Caso Crashgate
O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 é o cerne do processo de Massa. Durante a corrida, o piloto da Renault, Nelson Piquet Jr., foi instruído a provocar uma colisão intencional para beneficiar seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. Essa manobra resultou na ativação do carro de segurança, permitindo que Alonso, que havia feito uma parada antecipada, recuperasse posições e eventualmente vencesse a corrida. Massa, que liderava a prova, terminou em 13º lugar, resultando em uma perda significativa de pontos no campeonato.
Posicionamento dos Réus
Os réus, incluindo Ecclestone e a FIA, tentam invalidar a ação de Massa, alegando que suas reivindicações são “equivocadas” e que ele próprio cometeu uma série de erros durante a corrida que afetaram seu desempenho. O advogado de Ecclestone, David Quest KC, destacou que o caso busca reabrir um resultado de campeonato que ocorreu quase 17 anos atrás. Ele enfatizou que Massa não deveria responsabilizar a FIA pelas falhas em sua estratégia durante a corrida.
Consequências e Expectativas
O tribunal britânico deverá decidir sobre o caso em data posterior, após a conclusão das audiências. As implicações dessa ação judicial não apenas podem alterar o legado de Massa na Fórmula 1, mas também levantar questões sobre a governança e a integridade do esporte em relação a eventos passados. A expectativa é que a decisão traga um desfecho para uma das controvérsias mais notórias da história da Fórmula 1.