Investigação revela detalhes chocantes sobre o caso.
Funcionária de pedágio ajuda a Polícia Civil a desvendar feminicídio em MG, revelando detalhes cruciais do crime.
Um crime que choca Minas Gerais
A recente revelação de um feminicídio em Minas Gerais expõe a brutalidade de um crime que, em sua essência, reflete a violência de gênero que ainda permeia a sociedade. A morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, foi inicialmente encoberta por seu namorado, Alison de Araújo Mesquita, que tentou disfarçar o ato brutal como um mero acidente de trânsito. A situação foi desvendada graças à intervenção de uma funcionária da praça de pedágio na rodovia MG-050, em Itaúna.
A dinâmica do crime
No dia 14 de dezembro de 2025, após uma discussão acalorada entre o casal, Alison decidiu agir de forma covarde. Ele simulou um acidente ao passar pela praça de pedágio, onde a funcionária notou algo estranho. Henay, segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais, estava inconsciente no banco do motorista enquanto Alison tentava convencer a todos de que era apenas um acidente. A funcionária, atenta e desconfiada, decidiu agir, o que resultou em uma sequência de eventos que levaria à investigação do caso.
A revelação da verdade
A funcionária imediatamente acionou sua chefe e compartilhou as imagens da câmera de segurança, que mostravam a condição de Henay. Esse gesto foi crucial, pois levou a família da vítima a procurar a polícia, iniciando uma investigação que revelaria a verdadeira natureza do que aconteceu. A partir dessa intervenção, as autoridades descobriram que a mulher já estava morta antes da colisão com um ônibus de turismo, o que levantou sérias dúvidas sobre a versão apresentada por Alison.
As contradições e o desenrolar da investigação
A narrativa de Alison começou a desmoronar quando foram encontradas contradições em seu relato. Uma testemunha que estava no micro-ônibus atingido afirmou que o corpo de Henay estava gelado, evidenciando que ela estava morta há um tempo antes do acidente. O Instituto Médico Legal corroborou essa informação, apontando que o resfriamento do corpo leva entre uma a duas horas após a morte. Assim, as ações de Alison passaram a ser vistas sob uma nova ótica: a de um possível homicídio, com indícios claros de feminicídio.
O desfecho do caso
A detenção de Alison ocorreu durante o velório de Henay, um momento que deveria ser de luto, mas que se tornou um ponto de virada na busca por justiça. As investigações continuam, e novos exames periciais foram solicitados para esclarecer as circunstâncias da morte da jovem. O caso, que começou como um aparente acidente, se transforma em um símbolo da luta contra a violência de gênero, destacando a importância da atenção e da ação de cidadãos comuns que, como a funcionária do pedágio, podem fazer a diferença na vida de outros.
A brutalidade do crime e a coragem de quem se dispôs a agir mostram que a luta contra o feminicídio precisa ser contínua e coletiva.



