Senador destaca aumento alarmante da violência contra mulheres na região.
Senador Zequinha Marinho alerta para o aumento de feminicídios na Amazônia, com dados alarmantes de violência contra mulheres.
Feminicídios na Amazônia: um alerta urgente
A escalada da violência contra a mulher na Amazônia é motivo de preocupação crescente. O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) utilizou seu tempo no Plenário nesta quarta-feira (17) para destacar a alarmante situação dos feminicídios, que em 2025 registraram um aumento de 19% no Pará. Esses dados, fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública, refletem um padrão que se repete em outros estados da Amazônia Legal.
O panorama da violência
O senador citou episódios recentes de feminicídio, ressaltando que as regiões mais afetadas são aquelas com menor acesso a recursos e serviços especializados para atendimento às vítimas. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em 2024, a Amazônia concentrou 586 assassinatos de mulheres, um índice que supera a média nacional.
— Não podemos aceitar que, enquanto vidas são ceifadas, os recursos destinados à prevenção sejam irrisórios — afirmou Marinho, enfatizando que entre março de 2024 e junho de 2025, o Ministério da Justiça e Segurança Pública utilizou apenas 0,1% de seu orçamento previsto para a prevenção do feminicídio.
Falhas e soluções propostas
Além de criticar a execução orçamentária, Zequinha Marinho defendeu a necessidade de ações que promovam a autonomia econômica das mulheres. Ele tem direcionado emendas parlamentares para programas de capacitação profissional feminina, com foco na geração de renda e na redução da vulnerabilidade.
— Assim como ocorre em nível federal, também se observa o baixo orçamento destinado pelos estados para conter esse problema, que só se agrava com o passar dos anos — concluiu o senador.
O discurso de Marinho ressalta um ponto crucial: a necessidade de um compromisso renovado e efetivo para combater a violência contra a mulher, especialmente em áreas que carecem de atenção e recursos adequados. A luta por direitos humanos e pela proteção das mulheres na Amazônia não pode ser adiada.



