Desafios e aprendizados com o renomado projetista da Fórmula 1
Alonso comenta sobre os desafios de trabalhar com Newey na Aston Martin, destacando sua genialidade.
Fernando Alonso, piloto da Aston Martin, abriu o jogo sobre como tem sido trabalhar com Adrian Newey, reconhecendo as complexidades e desafios de conviver com um dos maiores projetistas da Fórmula 1. O espanhol, de 43 anos, descreveu Newey como “o melhor projetista da história da Fórmula 1”, ressaltando sua habilidade em interpretar regulamentos técnicos e transformar conceitos em performance. Desde que Newey se juntou à equipe, ele passou a liderar o projeto do carro que competirá no novo ciclo regulatório de 2026, que será equipado com motores Honda.
O “problema” de lidar com Newey
Alonso comentou que entender as decisões de Newey não é uma tarefa simples. “Tudo o que o Adrian faz, você tenta entender por que ele está fazendo, por que escolheu aquela direção. Há sempre algo para aprender. Mas há momentos em que, para conseguir entendê-lo, você precisa usar toda a sua capacidade cerebral. Mesmo se ele usar só cinco por cento da dele, nós, pessoas normais, precisamos usar muito mais”, brincou. Essa dinâmica ressalta a dificuldade que até mesmo engenheiros e pilotos de elite enfrentam para acompanhar o raciocínio de Newey.
O impacto da genialidade
A reputação de Newey é marcada por sua capacidade de encontrar brechas nos regulamentos, como demonstrado em sua trajetória com a Williams e Red Bull. Com as novas mudanças que entrarão em vigor em 2026, espera-se que ele continue a ditar tendências. Para Alonso, o simples convívio já traz diferenciais significativos: “Mesmo de uma resposta simples que ele dá a uma pergunta, sempre há uma lição. Ele tem uma clareza que para ele é natural, mas que para os outros exige esforço enorme para acompanhar.”
O que isso significa para a Aston Martin
A equipe de Lawrence Stroll tem feito movimentos estratégicos importantes, como garantir a continuidade de Alonso até 2026, firmar uma parceria com a Honda e trazer Newey para liderar a área técnica. O “problema Newey”, como Alonso descreve, não é visto como um obstáculo, mas sim como um lembrete de que trabalhar com uma mente brilhante exige adaptação. O desafio para a Aston Martin será transformar essa genialidade individual em performance coletiva, o que pode colocá-los na briga por vitórias e títulos no ciclo de 2026.