Descoberta no Quênia revela habilidades avançadas de hominídeos
Descoberta de ferramentas de pedra no Quênia, datando de 2,7 milhões de anos, pode mudar a compreensão sobre a evolução humana e o uso da tecnologia pelos nossos ancestrais.
Uma descoberta feita no sítio arqueológico de Namorotukunan, na região do atual Quênia, pode mudar o que sabemos sobre a evolução humana. No local, cientistas encontraram ferramentas de pedra que datam de aproximadamente 2,75 a 2,44 milhões de anos atrás. Segundo os pesquisadores, esses artefatos foram criados por hominídeos, demonstrando que nossos ancestrais não apenas sobreviveram, mas prosperaram durante um dos períodos mais desafiadores da história da Terra.
A importância das ferramentas de pedra
Os objetos encontrados em Namorotukunan oferecem pistas sobre um mundo em transformação, onde os cursos dos rios ainda se moldavam e incêndios florestais eram frequentes. Nesse cenário adverso, nossos ancestrais utilizaram a tecnologia para superar as dificuldades. A criação das ferramentas possibilitou que eles não apenas sobrevivessem, mas também evoluíssem, conforme descrito em um estudo publicado na revista Nature Communications.
Avanços na habilidade dos hominídeos
O estudo revela que os primeiros hominídeos projetaram ferramentas de pedra afiadas com uma consistência extraordinária, evidenciando habilidades e conhecimentos avançados transmitidos por gerações. Através de datação de cinzas vulcânicas e outros métodos, os pesquisadores recriaram o ambiente da época, ajudando a entender o papel dessas ferramentas na evolução humana.
Transformação na dieta e na sobrevivência
Essas descobertas indicam que, há cerca de 2,75 milhões de anos, os hominídeos já eram proficientes na fabricação de ferramentas afiadas. Esse desenvolvimento não só possibilitou a criação de novas dietas, mas também levou ao consumo de carne, transformando dificuldades em vantagens de sobrevivência. A cultura de ferramentas de pedra Oldowan, datando de até 2,5 milhões de anos, marca um importante ponto na história evolutiva humana, representando a primeira evidência de comportamento cultural do Homo habilis, ancestral do Homo sapiens.
Fonte: olhardigital.com.br
