Crescimento e regulamentação impulsionam o setor para o futuro.
O crescimento dos FIDCs e as mudanças regulatórias moldam o futuro do crédito no Brasil.
O crescimento dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) no Brasil se destaca como um fenômeno relevante dentro do mercado de capitais. Este segmento não apenas está se expandindo, mas também se reestruturando em resposta a novas dinâmicas econômicas e regulatórias.
A revolução dos FIDCs no Brasil
Os dados da Anbima, divulgados em 5 de dezembro de 2025, revelam que o Patrimônio Líquido dos FIDCs aumentou de R$ 603,74 bilhões em outubro de 2024 para R$ 736,84 bilhões em outubro de 2025. Esse crescimento de 22,04% em apenas 13 meses reflete uma transformação significativa na forma como o crédito é acessado e estruturado no Brasil.
Além disso, a captação líquida totalizou R$ 133,10 bilhões, um indicativo claro da confiança dos investidores neste tipo de fundo. A diversificação também é uma tendência, com o número de FIDCs aumentando de 2.958 para 3.758 no mesmo período, um crescimento de 27,04%. Isso demonstra uma maturidade crescente e uma variedade de opções para os investidores, consolidando os FIDCs como uma alternativa viável no portfólio de investimentos.
Movimentos que impulsionam o crescimento
Esse cenário de crescimento pode ser atribuído a duas forças principais: a evolução econômica e as mudanças regulatórias. A desbancarização do crédito é uma tendência observada no Brasil, com a previsão de que o mercado de capitais deverá representar 68% das carteiras de crédito até 2040. Esse movimento favorece os FIDCs, que oferecem uma rentabilidade atraente e um acesso mais facilitado ao crédito para múltiplos setores da economia.
Adicionalmente, a Lei nº 14.754 de 2023, que alterou a tributação sobre fundos exclusivos, funcionou como um catalisador para novos investimentos. Com a remoção do diferimento tributário, muitos investidores de alto patrimônio estão migrando para estruturas mais favoráveis, como os FIDCs, que se beneficiam da nova configuração tributária.
Projeções otimistas até 2030
As expectativas para o futuro dos FIDCs são bastante positivas, com projeções que indicam que o Patrimônio Líquido pode alcançar R$ 2,8 trilhões até 2030. Embora a taxa de crescimento recente tenha sido inferior aos anos anteriores, este 22,04% ainda consolida uma base sólida para a continuidade do crescimento. A maturação dos efeitos da nova legislação e a crescente captação de recursos apontam para um fortalecimento do setor nos próximos anos.
Portanto, o cenário atual, caracterizado por um mercado mais diversificado e regulado, sugere que as projeções de longo prazo são não apenas possíveis, mas também factíveis. A combinação de um aumento no patrimônio e uma clara estruturação regulatória coloca os FIDCs em uma posição estratégica para atender à demanda crescente por crédito no Brasil, refletindo uma tendência de ascensão que parece estar longe de um término.
Fonte: www.moneytimes.com.br
