Após o brutal assassinato da mãe, os filhos buscam medidas protetivas contra o ex-marido.
Filhos da mulher assassinada pedem proteção à Justiça após o crime brutal presenciado por eles.
Os filhos de Claudia Valéria de Souza Rissardo, de 46 anos, que foi brutalmente assassinada com ao menos 17 facadas pelo ex-marido, José Luiz Rissardo, prestaram depoimento à Polícia Civil do Paraná neste sábado (25). O crime aconteceu na noite da última terça-feira (21), na Cidade Industrial, em Curitiba, e foi presenciado pelos três filhos do casal.
De acordo com as investigações, José não aceitava o fim do relacionamento. Durante entrevista para o Balanço Geral Curitiba, o advogado da família, André Romero, afirmou que as vítimas estão profundamente abaladas e temem pela própria segurança. “Os três filhos relatam muito medo do pai, medo que ele termine o que começou. Por isso, foi solicitado o deferimento de medidas protetivas também a eles”, declarou Romero.
A delegada Emanuele Siqueira, responsável pelo caso, relatou que o comportamento do suspeito acende um alerta às autoridades. “Ele fala muito de chacina, fala muito de matar todo mundo. Diz que todos vão conhecer quem ele é e que vai se tornar conhecido mundialmente. Isso chama atenção e nos preocupa muito”, afirmou a delegada.
Durante os depoimentos, a filha de Claudia contou que o pai era extremamente controlador, a mãe precisava pedir autorização até para sair de casa, e todo o dinheiro da família era controlado por ele. O filho mais velho presenciou toda a cena e tentou impedir as agressões. “Meu pai chegou com três facas. Eu tentei fazer ele parar, mas não consegui. Vi minha mãe cair morta na minha frente”, relatou, emocionado.
O crime ocorreu horas depois de José Luiz ser notificado sobre uma medida protetiva de urgência, concedida pela Justiça a pedido de Claudia, que havia denunciado as ameaças e o comportamento violento do ex-companheiro. Segundo a polícia, ele invadiu o comércio armado com três facas e desferiu os golpes enquanto a mulher preparava pães para vender.
Após o crime, moradores da região, revoltados com a violência, espancaram o agressor. Ele foi socorrido com ferimentos e encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde permanece sob escolta policial. O suspeito foi levado à Delegacia da Mulher assim que receber alta médica.