Com o fim de ano e o aumento do fluxo de pessoas nas estradas, a procura por caronas cresce — e, com ela, a oferta de vagas na BlaBlaCar. Motoristas, porém, relatam insatisfação com valores que consideram defasados diante da alta de custos como pedágios, combustível e manutenção, afirmando que muitas rotas deixam de ser “divisão de despesas” para virar prejuízo.
Fim de ano: mais gente na estrada, mais pressão no bolso de quem dirige
De dezembro até o início de janeiro, o movimento em rodovias costuma aumentar por causa de férias, confraternizações e viagens para o litoral. O problema, segundo motoristas, é que o período de maior demanda não veio acompanhado de uma atualização proporcional nos valores praticados na plataforma.
“Tem mais passageiros procurando, mas o custo também explode. E a conta não fecha”, relatam usuários.
Exemplo no Paraná: Curitiba–Guaratuba não fecha a conta
Um exemplo citado por motoristas é o trajeto Curitiba–Guaratuba, no litoral do Paraná. Segundo relatos, há anúncios de carona por cerca de R$ 30 — valor que, na prática, pode não cobrir nem os custos básicos.
Motoristas afirmam que, somando pedágio + gasolina, o gasto real já fica bem acima disso, sem contar itens invisíveis, mas inevitáveis, como:
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desgaste do carro (pneu, freio, óleo)
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manutenção preventiva e corretiva
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depreciação do veículo
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seguro e imprevistos
Ou seja: quando o valor anunciado não acompanha o custo real, a carona deixa de ser rateio e passa a ser um subsídio do motorista.
“Dividir despesas” não pode significar sair no prejuízo
A proposta da carona compartilhada é simples: reduzir custos para quem viaja e ajudar quem dirige a compensar parte do deslocamento. Motoristas dizem concordar com a lógica, mas questionam o que chamam de falta de atualização e flexibilidade para rotas com pedágios altos e custos crescentes.
Efeito colateral: menos caronas no aplicativo
A consequência, segundo motoristas, é direta: muitos deixam de oferecer caronas por considerarem que não vale a pena. Isso pode resultar em:
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menos vagas disponíveis, justamente no período de maior procura
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negociação “por fora” para tentar equilibrar custos
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cancelamentos e menor previsibilidade para passageiros
O que motoristas pedem
Entre as principais demandas estão:
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Atualização mais frequente dos valores sugeridos/permitidos, considerando custos atuais
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Transparência no cálculo de preço por km e critérios usados
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Cálculo automático de pedágios por rota, com atualização constante
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Maior flexibilidade em rotas com custos extraordinários, mantendo o conceito de rateio
Espaço para posicionamento
Até o fechamento desta matéria, Caso a empresa se manifeste, este texto será atualizado.



