Entenda como o Brasil enfrenta a questão do financiamento climático na conferência
O financiamento climático é um dos principais desafios do Brasil na COP30, com a meta de alcançar US$ 300 bilhões anuais até 2035.
Em Belém, no dia 4 de outubro de 2023, o financiamento climático se impõe como um dos principais desafios que o Brasil deve enfrentar durante a COP30. Especialistas destacam que o financiamento climático refere-se à mobilização de recursos financeiros para auxiliar países, especialmente em desenvolvimento, na transição energética e na mitigação de desastres climáticos.
O contexto do financiamento climático
Historicamente, desde a década passada, as nações participantes da COP reconhecem a importância do financiamento por parte de países ricos. Contudo, chegar a um consenso sobre como esses recursos serão alocados tem se mostrado um desafio constante. Na COP29, a falta de um acordo robusto foi considerada um fracasso, com a meta estabelecida de alcançar US$ 300 bilhões anuais até 2035, podendo chegar a US$ 1,3 trilhão por ano. Entretanto, os caminhos para essa captação ainda permanecem incertos.
Desafios e expectativas para a COP30
Tatiana Oliveira, do WWF-Brasil, enfatiza que o Acordo de Paris aborda o financiamento climático como uma questão de justiça, refletindo reparações históricas. Carlos Bocuhy, do Proam, acrescenta que os países industrializados, responsáveis por grande parte da poluição histórica, devem assumir a responsabilidade de apoiar financeiramente os países mais vulneráveis. A expectativa recai sobre a necessidade de um financiamento previsível e não oneroso, com um acordo claro sobre a origem e a alocação dos recursos.
O futuro do financiamento
Oliveira também aponta que o desafio reside na desigualdade política e econômica entre o Norte e o Sul, além da resistência dos países desenvolvidos em cumprir compromissos financeiros. A COP30 apresenta a oportunidade de construir um roteiro concreto para a captação de recursos, visando atingir a meta de US$ 1,3 trilhão anuais. A divisão entre países doadores e beneficiários é um tema central, com a possibilidade de um rearranjo nas contribuições nos próximos anos, onde todos os países devem se envolver para auxiliar as populações mais afetadas pelas mudanças climáticas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
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