Ministros de Finanças propõem ações para financiar políticas climáticas em países em desenvolvimento
Ministros de Finanças discutem aumento do financiamento climático para US$ 1,3 trilhão.
Um grupo de 35 ministros de Finanças apresentou sugestões nesta quarta-feira para aumentar o financiamento climático global para US$ 1,3 trilhão por ano, uma demanda fundamental das nações em desenvolvimento antes das negociações da COP30 deste ano no Brasil. O Círculo de Ministros das Finanças, liderado pelo Brasil, propõe mudanças em áreas financeiras como classificações de crédito e prioridades de empréstimo dos bancos de desenvolvimento.
Ações propostas para o financiamento
O documento de 111 páginas pretende ser um guia para governos e instituições financeiras aumentarem os recursos disponíveis para o enfrentamento das mudanças climáticas. Os ministros destacaram que cada ano de atraso na ação climática aumenta tanto o valor do investimento necessário quanto os riscos enfrentados. Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda do Brasil, enfatizou a importância de integrar políticas climáticas e macroeconômicas.
Desafios e críticas
O acordo que prevê um investimento de US$ 300 bilhões em financiamento climático anual a partir de 2035 foi criticado por países em desenvolvimento, que consideram o valor insuficiente. O documento dos ministros era muito aguardado, já que as nações tentam avaliar a ambição dos países ricos em meio a desafios como o recuo dos EUA na questão climática.
Próximos passos e negociações
O lançamento do relatório em Washington coincidiu com as negociações pré-COP30 em Brasília, onde mais de 70 países trabalhavam para aprimorar a agenda da cúpula. Embora tenham sido feitos progressos, ainda há incertezas sobre a produção de um acordo final na COP30, com a possibilidade de se concentrar em acordos menores que não exigem consenso. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ressaltou que há muito a ser resolvido até o final das negociações.