A Fitch Ratings declarou que a paralisação do governo dos EUA não terá efeitos imediatos sobre a classificação soberana do país, que permanece em ‘AA+/Estável’. A agência aponta, no entanto, fraquezas no processo de formulação de políticas e destaca as disputas orçamentárias que resultaram no shutdown. A Fitch continuará a monitorar o ambiente regulatório e a estabilidade do dólar como moeda de reserva global, que é um fator importante para a nota soberana dos EUA.

A Fitch Ratings analisou que a paralisação do governo dos EUA não afetará sua nota soberana no curto prazo.

A Fitch Ratings afirmou nesta quarta-feira, 1, que a paralisação do governo dos Estados Unidos “não tem implicações de curto prazo” para a nota soberana do país, mantida em ‘AA+/Estável’. Contudo, a agência ressalta “fraquezas históricas no processo de formulação de políticas” e a recorrência de disputas políticas em torno do orçamento.

Contexto do shutdown

Segundo a Fitch, a paralisação reflete desacordos sobre medidas fiscais, especialmente em relação a cortes já aprovados no Medicaid e ao fim de subsídios de seguros de saúde da Affordable Care Act. Além disso, os democratas tentam “proteger o poder do Congresso sobre o orçamento” diante do que consideram excessos do Executivo.

Monitoramento contínuo

A agência acrescenta que continuará monitorando “o ambiente regulatório dos EUA, o Estado de Direito e os freios e contrapesos institucionais” no âmbito da análise de crédito soberano. Apesar da atual situação, a Fitch destaca que “o status predominante do dólar como moeda de reserva global, uma força material para a nota soberana, deve continuar no futuro previsível.”

Conclusão

As divergências políticas nos EUA levaram ao primeiro shutdown desde 2019, refletindo tensões entre democratas e republicanos, que se acusam mutuamente de ações deliberadas para atingir seus objetivos. A situação atual ressalta a necessidade de um entendimento mais profundo sobre as políticas fiscais e orçamentárias do país.